4 clima financeiro abalou a confiança mundial nas principais instituições financeiras, resultando em indivíduos e instituições a buscar formas novas e inovadoras de preservar e gerar riqueza.

Digite DeFi

Uma alternativa poderosa é o financiamento descentralizado, ou DeFi – um termo abrangente para serviços financeiros alimentados pela infraestrutura blockchain. Com o DeFi, os consumidores podem fazer a maioria das coisas que os bancos suportam – ganhar juros, emprestar, emprestar, comprar seguros, negociar derivativos, negociar ativos e muito mais – embora de maneira mais suave, pois não requer papelada ou terceiros.

O DeFi vem ganhando força, impulsionado pelo fato de reduzir o erro humano por meio de contratos inteligentes, fornecer acesso a mercados de qualquer lugar a qualquer momento com conexão à Internet e eliminar intermediários. Em essência, o DeFi transforma dinheiro em um protocolo programável e interoperável, semelhante ao que as versões anteriores da web faziam para digitalizar informações e conteúdo.

Embora o DeFi seja uma tendência relativamente recente, a quantidade de valor bloqueado nos protocolos DeFi cresceu para mais de US$ 200 bilhões, com volumes de negociação chegando a quase US$ 100 bilhões por mês. O próprio ecossistema DeFi está se expandindo rapidamente tanto em termos de diversificação do Ethereum para múltiplas infraestruturas de blockchain (por exemplo, NEAR, Solana, Polkadot e Avalanche), quanto no surgimento de novas camadas que replicam os recursos de finanças centralizadas (empréstimos, pagamentos e marketplaces) ou dar suporte a novos casos de uso.

O mundo dos empreendimentos está adotando ativamente o DeFi, pois nos últimos meses houve um aumento nos unicórnios DeFi – como Anchorage (custódia e governança de ativos), Fireblocks (APIs incorporáveis ​​para armazenamento de tokens e operações de ativos digitais) e Lukka (plataforma de back-office para auditoria DeFi).

DeFi encontra fintech/insurtech e vice-versa

Fintechs e insurtechs já estão começando a aproveitar o DeFi e trazer sua funcionalidade para suas marcas voltadas para o consumidor. As fintechs têm sido os principais impulsionadores no desenvolvimento de alternativas bancárias, oferecendo aos clientes novas maneiras de pagar e gerenciar seu dinheiro. As insurtechs fizeram o mesmo, aproveitando a tecnologia para oferecer melhores experiências aos clientes. DeFi é o próximo passo lógico, especialmente porque fintechs e insurtechs podem integrar perfeitamente a funcionalidade DeFi em suas interfaces de usuário existentes, tornando-a mais acessível e amigável ao consumidor.

Ao mesmo tempo em que fintechs e insurtechs estão invadindo as plataformas DeFi ao incorporar funcionalidades descentralizadas em seus aplicativos, novos participantes do DeFi estão tentando desalojar neobanks e seguradoras desafiadoras com produtos diferenciados que alavancam o blockchain.

Por exemplo, vários projetos, incluindo Juno, Dharma, Linen e Outlet, estão lançando neobancos DeFi. Seu objetivo é fornecer aos usuários uma conta de alto rendimento para poupança que compete com contas em dinheiro de fintechs como Wealthfront e neobanks como Monzo. Isso é ativado fornecendo uma interface bancária alternativa simples que combina perfeitamente cripto e finanças tradicionais.

Web3: fica ainda mais interessante

Em 2022 e além, DeFi, fintech e insurtech continuarão a convergir ainda mais, causando uma ameaça existencial aos bancos e seguradoras tradicionais. A convergência de fintech e insurtech com DeFi abrirá oportunidades ainda mais amplas além da descentralização do fluxo monetário.

Essas oportunidades serão ainda mais alimentadas pela Web3. Aproveitando a infraestrutura de blockchain, o Web3 pode oferecer bancos de dados e camadas de computação abertos e descentralizados, em oposição a servidores em silos ou instâncias de nuvem. À medida que os usuários navegam na Internet e usam aplicativos financeiros, os dados dessas interações não residem mais apenas no servidor desse aplicativo único. É registrado em um livro-razão compartilhado e acessível ao público.

Como resultado de transações e interações abertas e transparentes, funções financeiras essenciais, como pontuação de crédito, verificação de identidade e prevenção de fraudes, serão reconfiguradas, resultando em vários benefícios para os consumidores. Ou seja, a Web3 muda o equilíbrio de poder de volta a favor do consumidor. A capacidade de indivíduos e empresas de realizar transações com entidades em todo o mundo – livre de interferência de partes centrais – prepara o cenário para um ecossistema econômico on-line robusto. Isso é particularmente notável para criadores de conteúdo e entretenimento, para quem a Web3 oferece maneiras novas e poderosas de se conectar e interagir com seu público ou fãs.

Há também benefícios para as instituições financeiras. Considere as seguradoras. Usando a tecnologia de contabilidade distribuída da blockchain, as seguradoras podem armazenar e ter acesso às informações de um único sinistro, negando a necessidade de investir na coleta de dados de domínios públicos e privados.

A tecnologia Blockchain, juntamente com a tecnologia de contabilidade distribuída, também pode ajudar os bancos a reduzir ou eliminar o uso de intermediários. As áreas específicas nas quais os bancos podem se beneficiar muito dessas tecnologias são pagamentos, sistemas de compensação e liquidação, captação de recursos, títulos, empréstimos e crédito, financiamento comercial e KYC de clientes e prevenção de fraudes.

Uma palavra final

O setor de serviços financeiros está passando por uma grande reviravolta, estimulada por desenvolvimentos tecnológicos como blockchain e livros-razão distribuídos. O certo é que o DeFi veio para ficar, a Web3 está no horizonte e os serviços financeiros nunca mais serão os mesmos.

Instituições financeiras de todos os tipos devem começar a permitir o acesso à funcionalidade DeFi aos consumidores por meio de seus serviços bancários e de seguros. Caso contrário, eles serão deixados para trás por plataformas DeFi e desafiantes que veem o futuro – e o futuro combina facilidade de uso e conveniência com o poder das finanças descentralizadas.