Digitalização nas seguradoras ganha força e provoca cortes globais

revolução digital nas seguradoras já não é mais uma previsão, é realidade. Com o avanço acelerado de tecnologias como inteligência artificial, automação de processos e atendimento por assistentes virtuais, diversas companhias ao redor do mundo estão reformulando suas estruturas operacionais. Um dos efeitos colaterais desse movimento é a redução de quadros de funcionários em áreas administrativas e de atendimento tradicional.
A tendência acompanha o comportamento de consumidores cada vez mais conectados, que esperam respostas rápidas, personalização e conveniência em todos os pontos de contato com as marcas. Para atender a essa nova demanda, as seguradoras estão investindo pesadamente em plataformas digitais, reformulando seus canais de relacionamento e automatizando tarefas antes feitas manualmente.
Como reflexo dessa transição, importantes players do mercado internacional já anunciaram medidas de reestruturação. Um exemplo é o da Allianz no Reino Unido, que iniciou um plano de transformação digital que envolve a eliminação de 650 postos de trabalho, especialmente em áreas administrativas e operacionais. A companhia declarou que a decisão visa adaptar a estrutura à nova realidade digital e fortalecer a experiência do cliente com maior eficiência e rapidez. Apesar do impacto, parte dos funcionários afetados poderá ser redirecionada para novas funções mais alinhadas às demandas tecnológicas.
Casos como esse indicam que a digitalização no setor de seguros está provocando mudanças estruturais profundas, não apenas nos processos, mas também na composição das equipes. O perfil dos profissionais do futuro será cada vez mais voltado para tecnologia, análise de dados, inovação em produtos e experiência do cliente.
No Brasil, ainda que em ritmo diferente, os efeitos dessa transformação já são sentidos. As seguradoras vêm ampliando seus investimentos em IA, assistentes virtuais e automação de backoffice, ao mesmo tempo em que buscam equilibrar eficiência operacional com a valorização do corretor de seguros e do relacionamento humano, um diferencial ainda muito valorizado no mercado local.
O cenário impõe uma reflexão para todos os players do ecossistema: como se preparar para um setor que muda rapidamente e exige novas habilidades, tecnologias e formas de relacionamento?