Os países mais seguros e o futuro dos seguros nas cidades inteligentes

Países com índices elevados de segurança em 2025
Em países com baixo nível de segurança pública, seja pelo alto índice de violência, por questões político-ideológicas ou por fatores climáticos, a insegurança toma conta da vida dos indivíduos. Apesar da lista enorme de países com alto índice de violência urbana e insegurança, alguns países seguem na contramão e se destacam justamente pela sensação de paz e segurança que oferecem. O ranking de 2025 do Global Peace Index, divulgado no G1, indica Islândia, Irlanda, Nova Zelândia, Áustria e Suíça entre os lugares mais seguros do planeta. Na Islândia, líder do ranking há quase duas décadas, a tranquilidade cotidiana se faz presente com ruas seguras, polícia desarmada e até bebês dormindo em carrinhos do lado de fora de cafés. Já a Nova Zelândia, que subiu posições em 2025, fortalece sua imagem de país seguro por meio de políticas rigorosas de controle de armas e por comunidades sustentadas na confiança .
Qualidade de vida e proteção em cidades brasileiras
Em relação ao Brasil, há muitos desafios associados à segurança da população. De acordo com o Índice Global da Paz (GPI) 2023, elaborado pelo Instituto de Economia e Paz (IEP), o Brasil ocupa a 132ª posição entre 163 países, figurando entre as 25 nações com baixo nível de segurança, ao lado de regiões em conflito como Israel e Palestina. Por outro lado, quando o foco é a qualidade de vida, alguns municípios brasileiros se destacam positivamente.
Um levantamento do Instituto Imazon, em parceria com organizações da sociedade civil, divulgou o Índice de Progresso Social de 2025. O estudo avalia se a infraestrutura realmente gera resultados, considerando as áreas da educação, saúde, segurança, moradia e acesso a oportunidades. Os resultados mostraram que das 20 cidades mais bem avaliadas, 18 estão no Sul e Sudeste, enquanto 19 das piores colocadas pertencem ao Norte e Nordeste. Apesar das desigualdades regionais, o ranking mostra que algumas cidades têm conseguido criar ambientes mais prósperos e seguros. Um exemplo é Gavião Peixoto, no interior de São Paulo, que lidera a posição pelo segundo ano consecutivo, indicando que políticas consistentes de bem-estar se traduzem em benefícios concretos no cotidiano dos moradores.
O papel da proteção no mercado segurador
Assim como destaca o estudo, prosperidade não depende exclusivamente de gerar riqueza, depende também de como esse capital se converte em bem-estar para a população. É exatamente aí onde esse cenário se conecta com os seguros, já que o ramo segurador busca oferecer a garantia da segurança, justamente para minimizar desconfortos em situações adversas, resguardando os clientes. Em locais que já possuem boas condições de vida, os seguros funcionam como instrumentos de continuidade, proteção e tranquilidade. Além disso, lugares que apresentam economias estáveis facilitam para que o mercado segurador encontre um ambiente propício para crescer e inovar.
Países estáveis economicamente tendem a atrair investidores e favorecer inovações
Países com segurança política e social, como a Suíça, por exemplo, referência no mundo em segurança e solidez financeira, podem atrair investidores pela previsibilidade e pela confiança que transmitem. Esse cenário abre espaço para que seguradoras testem novos modelos de negócio, além de incentivar parcerias com players de setores diversificados, incluindo os de tecnologia.
A relação entre estabilidade e expansão dos negócios de seguros em contextos como esse vai além do mercado privado; ambientes seguros também favorecem a cooperação entre seguradoras e governos na criação de políticas públicas de proteção. Um exemplo é o avanço dos seguros paramétricos em regiões expostas a desastres naturais, que, aliados à análise de dados, fortalecem a resiliência social diante dos efeitos cada vez mais intensos das mudanças climáticas.
Tecnologias e o conceito de cidades inteligentes são campo férteis para os seguros
Da mesma forma que a estabilidade em países considerados seguros estimula novas práticas securitárias, no espaço urbano essa lógica se manifesta na busca por cidades mais seguras. É nesse contexto que o conceito das Smart Cities ganha força, unindo tecnologia e inovação para transformar a vida cotidiana.O ideal de viver em cidades seguras, eficientes e sustentáveis ganha forma no conceito das Smart Cities (cidades inteligentes), onde tecnologia e inovação transformam a vida urbana. Soluções como iluminação inteligente, transporte conectado, gestão de resíduos e análise de dados em tempo real já estão sendo aplicadas para tornar os centros urbanos mais organizados e agradáveis. Em ambientes desse tipo, o setor de seguros encontra um campo fértil. A segurança, base das cidades inteligentes, também é a essência da atividade securitária.
Exemplos de Smart Cities no Brasil e no mundo e novos modelos de negócios para seguros
No Brasil, o ranking Connected Smart Cities destaca São Paulo, Florianópolis e Curitiba como referências em inovação, mostrando que o país também avança nesse movimento. Especialistas ressaltam que o desenvolvimento sustentável dessas cidades depende da cooperação entre governo, setor privado e sociedade civil, o que abre espaço para novas modalidades de seguro que vão além da simples indenização e passam a atuar de maneira preventiva, estratégica e integrada à dinâmica urbana
Segurança como base para inovação
Ao observar a relação entre estabilidade, inovação tecnológica e desenvolvimento urbano, fica claro que o seguro encontra novas formas de se integrar à vida coletiva. A experiência internacional mostra que ambientes seguros favorecem tanto a cooperação institucional quanto a adoção de soluções inteligentes no espaço urbano. As cidades inteligentes no Brasil, como São Paulo, Florianópolis e Curitiba exemplificam isso, mostrando que a conexão entre governo, setor privado e tecnologias de inovações contribuem para deixar esses lugares ainda mais estimulantes. Nesse panorama, as seguradoras e demais profissionais do setor podem investir em inovação orientada por dados, colaborar com políticas públicas focadas em segurança e explorar novos segmentos que refletem as transformações sociais e tecnológicas do mundo moderno.