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Os desafios para a indústria de seguros em 2023

Os desafios para a indústria de seguros em 2023
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ão faz muito tempo desde que expressões como “transformação digital”, “disrupção”, “digitalização de processos” e outras relacionadas à modernização empresarial por meio da tecnologia passaram a ser ditas/escritas com uma frequência cotidiana. Os motivos para que esses assuntos estejam em voga estão associados à constante evolução da tecnologia, à praticidade que elas proporcionam para os usuários – esta última atrelada à redução de custos para as Companhias e à necessidade imperativa de adaptabilidade das empresas aos novos sistemas, aplicativos e novas maneiras de consumir produtos. 

Muitas Companhias de seguros já adaptaram e até trocaram seus sistemas legados, investiram em IA e IoT, em ferramentas para facilitar a jornada do cliente e as vendas dos corretores , dentre diversas outras iniciativas em prol da adaptabilidade à modernização dos novos tempos e das novas formas de consumir seguros.

Desafios contínuos

 Apesar de todas as transformações, os desafios para a indústria de seguros são contínuos: inflação, alta competitividade, instabilidades sociais causadas por geopolíticas,aumento das taxas de juros, mudanças climáticas, escassez de talentos, dentre outras.

Para não deixar de aproveitar todas as oportunidades de crescimento e enfrentar riscos potencialmente sérios, é importante que os players permaneçam atentos às tendências da indústria. 

Tendências para 2023

Para colaborar no enfrentamento das seguradoras aos desafios futuros, o Conselho de Tecnologia da Forbes, por meio de Mike Jackowski – Membro do Conselho da Forbes e CEO da Duck Creek,  lançou luz a esses desafios e apontou algumas tendências que podem moldar a indústria de seguros em 2023.

Novos riscos emergentes e em evolução

Para que o seguro cumpra seu objetivo maior que é o de proteger as pessoas, elas precisam estar preparadas para está por vir ou ter um sistema que as permita girar de acordo. As incertezas estimuladas por desafios globais, regulamentações governamentais e forças econômicas tornam o cenário de risco difícil para as seguradoras navegarem.

Riscos mais complexos e interconectados

De acordo com a análise da Forbes, os riscos futuros tendem a ser altamente complexos e interconectados. Como exemplo, são citados os padrões climáticos extremos e desastres naturais que trazem vulnerabilidades para as empresas e tornam os locais de trabalho potencialmente inseguros e as propriedades inabitáveis.

Risco cibernético é um risco de negócios

Outro risco apontado em evolução é o cibernético. Mesmo não sendo uma ameaça nova, a frequência e a gravidade dos ataques de ransomware estão aumentando. A segurança cibernética não é mais um risco de tecnologia, mas um risco de negócios.

Como enfrentar esse desafio?

Segundo a análise da Forbes, para enfrentar todas essas ameaças interconectadas, as seguradoras precisam se mover com velocidade. Esses riscos exigem que as operadoras sejam ágeis para permanecerem relevantes, fiquem à frente da concorrência e ofereçam melhor suporte aos segurados. 

Ecossistemas de dados e ferramentas de suporte para operações ágeis

Os novos sistemas estão sendo construídos nativos da nuvem com base em dados, com o setor avaliando ativamente ferramentas como IA, ML e automação para se tornarem proativos no tratamento de ameaças, em vez de reativos. Em 2023, os ecossistemas de dados e as ferramentas de suporte à decisão provavelmente estarão no centro dos esforços das operadoras para executar operações resilientes e ágeis.

Ecossistemas de tecnologia se tornam uma realidade

Não é novidade que o investimento em tecnologia digital é fundamental para o sucesso no setor de seguros atual, no entanto, muitos players ainda estão em um processo de adaptação, enquanto alguns outros estão mais avançados digitalmente e já iniciaram a jornada de modernização. O ponto em comum entre eles, de acordo com Forbes, é a construção de um ecossistema de tecnologia sustentado por uma oferta principal flexível, escalável e resiliente.

De acordo com a análise, já existe uma compreensão por parte das seguradoras de que esta é a resposta para maximizar a lucratividade e configurar sistemas que podem ser dimensionados conforme necessário. Também é a maneira mais rápida de criar caminhos para agregar valor.

O melhor jeito de navegar pelo desconhecido é usando um mapa

Ainda que os players do mercado segurador não saibam o que está por vir no próximo ano (ou em qualquer futuro próximo), é possível guiar suas ações por meio das tendências que o mercado e os estudiosos do assunto apontam. Funciona da mesma maneira na vida de todo indivíduo que precisa chegar a algum lugar que ele não conhece, é preciso usar um mapa. Não existe um jeito melhor de chegar a algum lugar desconhecido do que usando um mapa e, no caso dos dias de hoje, um GPS. Por isso, é imprescindível que as seguradoras e insurtechs compreendam que tanto quanto saber usar o poder de coleta de dados da tecnologia, investir em banco de talentos e modernizar sistemas, estar sempre atento ao que aponta as tendências é crucial para que a indústria saiba para onde está indo e como chegar e, desta forma, garantir a sustentabilidade do ecossistema de seguros no futuro.

Postado em
25/11/2022
 na categoria
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