setor de seguros está passando por grandes transformações e as insurtechs estão desempenhando um papel cada vez mais importante na orientação e facilitação dessas mudanças.

De acordo com um novo relatório, o financiamento das insurtechs esfriou um pouco, principalmente no estágio final, e o setor ainda está fortemente subfinanciado, em comparação com áreas de potencial semelhante, como fintech, saúde e mobilidade. O relatório descobriu que o financiamento global de insurtech recuou quase 50% no primeiro trimestre de 2022. O segundo trimestre está mostrando uma desaceleração ainda maior até agora, voltando aos níveis pré-pandemia.

Javier Santiso , CEO e Sócio Geral da Mundi Ventures, disse: “O ambiente de financiamento esfriou da euforia de 2021, mas o setor ainda oferece grandes oportunidades e está esperando por muitas disrupções. Vimos uma forte correção nas avaliações do mercado público e algum grau de retração também no mercado privado. Mas, no longo prazo, o seguro ainda é um mercado enorme com investimento muito baixo em comparação com fintech e saúde.”

O relatório foi desenvolvido por Dealroom.co, Mundi Ventures, MAPFRE e NN Group, com base na experiência em inovação de seguros coletivos dos parceiros e insights de inovadores e líderes de insurtech.

Mudanças no ambiente de financiamento  

A criação de unicórnios diminuiu significativamente, de acordo com o relatório. Existem agora 62 unicórnios em todo o mundo, com apenas 5 criados até agora em 2022, em comparação com 26 em 2021.

A Europa registrou seu segundo melhor trimestre de todos os tempos no primeiro trimestre de 2022 e está diminuindo a diferença com os EUA, que tiveram a retração mais forte. Também foi descoberto que as fusões e aquisições de insurtechs continuam fortes, atingindo níveis recordes no primeiro trimestre de 2022, enquanto as listagens públicas desaceleraram.

Yoram Wijngaarde , CEO e fundador da Dealroom.co disse: “Relatos de 'morte insurtech' foram muito exagerados. O ambiente de financiamento definitivamente mudou desde o ano passado, mas vemos isso como uma racionalização, não como um retrocesso. Há fortes sinais de que a insurtech está aqui para ficar e prosperar, especialmente na Europa.”

O impacto das mudanças climáticas nas seguradoras

Muitas tendências estão moldando o futuro do seguro. O relatório sugere que as seguradoras e insurtechs estão se expandindo da transferência e mitigação de riscos para a prevenção. Isso está acontecendo com o uso de IoT para monitoramento de ativos em P&C e com engajamento para comportamentos saudáveis ​​em L&H.

As mudanças climáticas estão dominando os riscos globais tanto no curto quanto no longo prazo. Seguradoras e insurtechs estão engajadas ativamente na transição climática, definindo metas net-zero e iniciativas em todo o setor, como a Net-Zero Insurance Alliance, ao mesmo tempo em que se concentram em software ESG, seguro paramétrico e análise geoespacial.

“Apesar do desempenho passado das insurtechs listadas e das condições atuais do mercado, o setor de seguros é um mercado de um trilhão de dólares que ainda espera por uma grande disrupção... e essa transformação será liderada por equipes estelares com modelos/produtos/tecnologias inovadores; portanto, os impulsionadores fundamentais de inovação e transformação permanecerão fortes, dado o enorme mercado e as oportunidades que estamos enfrentando”, disse Lluis Viñas , Diretor de Investimentos da Mundi Ventures.