Fraudes em alta na Black Friday desafiam seguradoras a reforçar proteção digital

Com a aproximação da Black Friday, o comércio eletrônico registra uma movimentação acima do habitual e cria um ambiente que favorece a atuação de golpistas. Uma das investidas recentes dos criminosos virtuais foi a criação de páginas falsas inspiradas em marcas como Shopee e Havan.Segundo especialistas da empresa de segurança digital ESET, foram encontrados portais que reproduzem a identidade visual das lojas originais, exibem ofertas com abatimentos de até 70% e restringem o pagamento ao PIX. No caso da página que se passava pela Shopee, um console era anunciado por R$2 mil, valor bem inferior aos cerca de R$3 mil praticados por varejistas reconhecidos”.
Esse tipo de situação expõe vulnerabilidades de segurança do consumidor e abre frentes de discussão que exigem um posicionamento das seguradoras no sentido de inovar e evoluir para oferecer soluções eficientes contra fraudes financeiras e cibercrimes.
Prêmios dos seguros contra crimes digitais chegou a 66,3 milhões de reais
O impacto dessa nova modalidade de golpe ultrapassa o consumidor final. O mercado de seguros contra crimes cibernéticos cresceu 11 vezes no país em apenas 6 anos. Apenas no primeiro trimestre deste ano, o total de prêmios dos seguros contra crimes digitais chegou a 66,3 milhões de reais. Com isso, as seguradoras se depararam com uma demanda crescente por apólices de seguros contra crimes cibernéticos, uma solução que protege tanto empresas quanto indivíduos contra riscos de fraude, roubo de identidade e perdas financeiras online. Segundo o relatório da Cybersecurity Ventures, os custos globais com crimes cibernéticos podem chegar a US$10,5 trilhões em 2025, corroborando a relevância do mercado securitário neste segmento.
Tecnologia se torna essencial na prevenção de fraudes
Da parte das seguradoras, algumas soluções já foram criadas e alguns caminhos já foram abertos para a criação de novas soluções. Tecnologias de inteligência artificial, análise comportamental e machine learning já foram incorporadas por alguns players para aprimorar a detecção de fraudes em tempo real. Plataformas que monitoram automaticamente transações online e identificam padrões suspeitos se tornaram ferramentas essenciais para mitigar riscos e reduzir sinistros, refletindo um avanço tecnológico alinhado às demandas atuais do mercado.
Educação digital como elemento de redução de vulnerabilidades
Além das soluções tecnológicas, o papel da educação do consumidor e da comunicação clara é fundamental para prevenir golpes. Campanhas de conscientização por parte das seguradoras e do varejo digital ajudam a instruir o público a confirmar a autenticidade dos sites e evitar o compartilhamento de dados sensíveis, reduzindo a exposição aos riscos.
Corretores podem ampliar portfólio com produtos voltados à segurança digital
Esse esforço tende a ganhar ainda mais força quando encontra eco na atuação cotidiana dos corretores de seguros. Inclusive, a Black Friday e eventos semelhantes abrem espaço para que esses profissionais ampliem o portfólio com produtos voltados à segurança digital e, ao mesmo tempo, orientem os clientes sobre práticas básicas para identificar páginas falsas e evitar golpes. Esse tipo de acompanhamento qualifica a relação comercial, fortalece a confiança e favorece a contratação de coberturas voltadas a fraudes eletrônicas e proteção patrimonial digital.
Parcerias como pilares de proteção integrada
Obviamente, o mercado de seguros e o varejo eletrônico também precisam estar atentos às normas de proteção de dados, como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), que impõem requisitos rigorosos para o tratamento e segurança da informação, alinhando práticas de compliance e reduzindo riscos legais e reputacionais decorrentes de fraudes e vazamentos.
O envolvimento dos players deste mercado em parcerias com startups de cibersegurança é um dos caminhos que estão sendo explorados. Essas associações oferecem soluções integradas que contemplam desde a prevenção até a resposta rápida a incidentes, elevando a proteção ofertada ao cliente e mitigando perdas.
Resposta rápida fortalece a confiança no seguro digital
Em cenários como o das fake shops, a resposta rápida é determinante em relação às perdas. Processos ágeis de apuração, resolução de sinistros e atendimento ao cliente precisam ser incorporados ao modelo operacional das seguradoras. A experiência do usuário e a confiança em produtos securitários digitais são fatores decisivos para fortalecer o mercado no combate às fraudes cibernéticas.
Uma visão integrada para proteção no ambiente digital
A criação de páginas falsas, a sofisticação das técnicas de engenharia social e a pressão sobre sistemas de pagamento colocam consumidores e empresas em uma posição de maior exposição. Nesse ambiente, o setor de seguros ocupa um espaço de agente que contribui para a estruturação de práticas de prevenção, diagnóstico e resposta a incidentes. Por isso, o fortalecimento das tecnologias de detecção, a ampliação das coberturas voltadas a riscos digitais e a integração com empresas especializadas podem estruturar uma adaptação contínua do setor. O conjunto desses fatores indica que a segurança nas transações digitais depende de uma combinação de esforços composta por inovação tecnológica, cooperação entre os diferentes atores da cadeia, atenção às normas de proteção de dados e orientação clara ao usuário.



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