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primoramento nas fontes de dados para subscrição

Com o desenvolvimento da IA, as seguradoras começaram a explorar novas fontes de dados, como redes sociais, registros de GPS, dispositivos inteligentes e outras formas de tecnologia para aprimorar a subscrição. O Insurance Newsnet traz a visão de alguns executivos acerca da relevância da temática, indicando que as insurtechs estão se direcionando cada vez mais para uma abordagem tecnológica e inovadora através da utilização de IA, análise preditiva e outras ferramentas tecnológicas. “Estamos vendo a ingestão dessas novas fontes de dados melhorar ou tornar a análise de risco mais robusta para que os subscritores possam tomar suas decisões”, disse Franklin Manchester, consultor global de seguros da SAS, empresa de IA e gerenciamento de dados. Junto a isso, enfatizou a necessidade de que o processo operacional passe pela supervisão humana para que a subscrição de insurtech atinja todo o seu potencial. Algumas das novas fontes de dados mais notáveis ​​que os subscritores estão usando cada vez mais nos Estados Unidos incluem: Telemática; Imagens aéreas; Dispositivos IoT; Redes sociais. 

Os métodos tradicionais de subscrição têm sido impactados pela IA

Darcy Rittinger, diretor de risco do provedor global de insurtech Cover Genius, disse que as seguradoras ainda estão analisando os parâmetros de subscrição tradicionais, como idade e saúde, mas de maneiras mais inteligentes, graças a fontes de dados alternativas. “Ao acessar esses dados aprimorados e utilizar IA, as insurtechs podem criar produtos mais personalizados e melhores modelos de risco [e] agilizar os processos de subscrição”, disse ela. Assim, compreendendo o papel da IA na subscrição de seguros, é possível entender melhor como essa tecnologia está otimizando a análise de riscos, a detecção de fraudes e a automação de processos, além de oferecer uma visão mais precisa e personalizada para seguradoras e segurados.

Mercado global de insurtechs revela otimismo

Andrew Johnston, chefe global de insurtech da Gallagher Re, sugeriu que o rótulo “IA” está se tornando cada vez mais redundante à medida que a tecnologia se torna inerente às ofertas de insurtech. “Historicamente, eu diria que a IA provavelmente está sofrendo o mesmo destino que o rótulo de 'insurtech', revelou ao Insurance Business. Apesar disso, Johnston disse estar otimista quanto aos avanços na tecnologia, especialmente no que se refere à IA generativa. O recente relatório global de insurtech da Gallagher Re mostrou que o financiamento para o setor diminuiu em 43,7% em 2023 em comparação com o ano anterior, caindo de US$8 bilhões para US$4,51 bilhões. Mesmo com essa diminuição, na visão de Johnston, o mercado de insurtech continua “saudável e maduro”. Em 2023, o investimento das resseguradoras atingiu um nível recorde, com 148 investimentos em empresas privadas de tecnologia, um aumento de 12% em relação ao recorde anterior de 132 investimentos em 2019, de acordo com a Gallagher Re.

É necessário pensar na tecnologia para agregar valor ao setor 

Johnston frisou ainda que o foco das insurtechs deveria ser a aplicação da tecnologia para criar valor e eficiência na indústria, e não a IA por si só. “Qualquer empresa que esteja genuinamente agregando valor no longo prazo terá um bom desempenho. “Até recentemente, algumas insurtechs tentavam vender a tecnologia como proposta e que o valor está inerentemente na tecnologia. Mas isso não é a aplicação dessa tecnologia e como ela pode melhorar ou transformar os critérios tradicionais de sucesso comercial” – declarou o executivo.

Como está o panorama das Insurtechs no Brasil?

A Liga Ventures, uma rede de inovação aberta na América Latina, em colaboração com a seguradora Kakau, a ABInsurtech (Associação Brasileira de Insurtech) e a Insurtech Brasil, revelam o lançamento de um estudo que examina o progresso das insurtechs no Brasil. O estudo identificou um total de 117 startups em atividade, que empregam uma variedade de tecnologias com o propósito de inovar no mercado de seguros e oferecer soluções e produtos aprimorados para os beneficiários. Além disso, o relatório “Latam Insurtech Journey”, realizado pela Digital Insurance em 2022, previu que até 2025 o segmento pode manter elevação anual de 25%, resultando em mais de 1 mil startups de seguros no Brasil. 

Inusrtechs brasileiras que foram destaque em investimento em 2023

A mais recente análise da McKinsey revelou um avanço promissor no setor de seguros na América Latina, marcado tanto pela expansão dos prêmios quanto pelo aumento da complexidade: houve um incremento de 15,9% em 2022, atingindo a cifra de US$173.674 milhões. Este estudo também destacou que o Brasil se posiciona na vanguarda das insurtechs que mais captaram investimentos no primeiro semestre do ano anterior, dominando a liderança com uma margem confortável. Em sequência, o México assume a segunda posição, com o Chile logo atrás, na terceira colocação.

Diante da liderança brasileira dentre as nações da América Latina, algumas insurtechs obtiveram destaque em investimentos e tiveram retornos positivos, como a: IZA; Pier; Justos; 180 Seguros; Azos; Alice; Pitzi; Minuto Seguros; entre outras.

O desenvolvimento crescente da indústria pressupõe uma abordagem intensa da IA 

A implementação da inteligência artificial nas atividades das insurtechs tem trazido avanços notáveis para o setor. Por meio de algoritmos sofisticados e análise aprofundada de dados, é possível reconhecer tendências e aprimorar a exatidão na formulação de apólices. Com o avanço contínuo das insurtechs, antecipa-se que a inteligência artificial ganhará um papel cada vez mais central no aperfeiçoamento da formulação de apólices e na oferta de serviços de seguros mais eficientes. Contudo, é fundamental que as empresas de seguros pratiquem o uso da inteligência artificial de maneira responsável e pragmática, ultrapassando meras conversas sobre suas possibilidades e aplicando-a efetivamente em suas operações.

Postado em
18/3/2024
 na categoria
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