xemplos como os da Tokio Marine e da Zurich deixam claro que vários players já estão apostando em IAs(Inteligência Artificial) para agilizar o fluxo de trabalho com sucesso. 

Já existiam algumas previsões que apontavam para a transformação do setor de seguros por meio da tecnologia, mas os resultados dessa transformação eram incertos até que ela realmente começasse a acontecer.

A IA como principal área de investimento

De acordo com Tyler Jones, diretor de marketing da Clara Analytics _ empresa com sede na Califórnia que fornece tecnologia de IA e serviços de análise para o setor de seguros comerciais _ as empresas do varejo já perceberam o valor que tem os dados e passaram a usá-los para personalizar verdadeiramente a experiência do cliente e as seguradoras, notando esse movimento, querem poder fazer o mesma coisa. Ele declarou: “Sinto que todo diretor de risco, todo CEO com quem conversei, menciona a IA como sua principal área de investimento. É nisso que eles querem dar um salto”

Soluções digitais gerenciarão 85% do relacionamento com o cliente

A inteligência artificial pode ajudar a reduzir custos nas empresas de diversas formas. 

Segundo uma pesquisa da Gartner, em poucos anos, as soluções digitais gerenciarão 85% das relações com os clientes nas empresas.

A tecnologia está derrubando as barreiras do setor

O estudo Ignoring AI Is Risky Business for Insurance CEOs, do BCG (Boston Consulting Group), defende que a tecnologia está derrubando as barreiras de entrada historicamente altas do setor e que é necessário construir organizações prontas para que a IA esteja no topo da agenda executiva. 

Adotar uma mentalidade de produto

A pesquisa demonstra que, para integrar rapidamente a IA em suas operações, as seguradoras de sucesso estão adotando uma mentalidade de produto. Eles identificam a área em que desejam se destacar e, em seguida, inovam, implantam e aprimoram incansavelmente as soluções de IA usando uma mistura de talentos internos e entidades externas, incluindo insurtechs, potências de transformação de IA e instituições acadêmicas.

Departamentos de tecnologia crescerão 50%

O estudo aponta que as posições de gerenciamento de apólices encolherão em 70% e os sinistros em 40%. No entanto, ao mesmo tempo, os departamentos de tecnologia crescerão 50%.

Impacto financeiro significativo

A pesquisa do BCG sugere que a porcentagem de seguradoras que relataram um impacto financeiro significativo (com pelo menos 1% de crescimento em suas margens EBIT) de seus investimentos em IA dobrou de 10% para 20%. Esse impacto se manteve em 10% para outros setores. 

O retorno dos investimentos para essas seguradoras que investiram mais em IA foi relatado como o aumento dos novos negócios líquidos em 20% a 25%, e redução das taxas de sinistralidade em 2 a 3 pontos percentuais, graças à melhor subscrição e excelência em sinistros.

A indústria ainda está atrasada em relação a outros setores

A BCG apontou que, apesar do sucesso impulsionado pela IA de seguradoras individuais, a indústria em geral continua muito atrasada nos gastos com IA, já que os valores investidos em IA por outros setores são muito maiores. 

O mercado de energia, por exemplo, deverá investir quase US$8 bilhões em IA até 2024. O mercado automotivo, incluindo hardware, software e serviços, chegará a US$27 bilhões até 2025. A IA no mercado de saúde foi de US$8 bilhões em 2020 e deve chegar a US$194 bilhões até 2030.

Investimento necessário é de de dezenas ou centenas de milhões de dólares

As transformações de IA têm maior probabilidade de serem bem-sucedidas quando são lideradas por CEOs. Mas, para obter o sucesso, esses profissionais precisam perceber que a transformação da IA ​​requer um investimento de dezenas ou centenas de milhões de dólares ao longo de vários anos para ser bem-sucedida – e que, devido ao tempo que leva para desenvolver novas fontes de dados de clientes, pode levar até mais tempo para perceber o valor total de seus gastos com IA. Mas a recompensa valerá a pena esperar, pois as evidências sugerem que esses investimentos serão devolvidos muitas vezes.

Jogar a longo prazo

O estudo concluiu que os CEOs devem, portanto, estar prontos para jogar a longo prazo. Eles também devem agir de forma decisiva – e rapidamente – para começar a desenvolver os recursos de IA necessários para se manterem competitivos.