FSD Africa, órgão financiado pelo Foreign, Commonwealth & Development Office do Reino Unido, disse que planeja ajudar a criar unicórnios de seguros no continente orientando startups e ajudando-as a arrecadar fundos.

A agência iniciou um programa de treinamento de 10 semanas na Nigéria e em Gana este ano para startups que chamou de insurtechs, termo usado para se referir a empresas que usam tecnologia para resolver desafios de seguros. De acordo com o plano, a FSD desenvolverá a capacidade de 10 startups em cada país a cada seis meses, pelos próximos três anos.

No final do programa, as startups “se apresentarão a potenciais investidores e terão a oportunidade de receber financiamento”, disse Kelvin Massingham, diretor da FSD Africa, em entrevista. “Um unicórnio africano da Nigéria e Gana no espaço insurtech será nossa ambição”, disse ele, referindo-se a uma avaliação de mais de US$ 1 bilhão para startups.

As startups africanas vêm atraindo investidores ansiosos por explorar uma população jovem e com experiência digital que está lutando para atender às suas necessidades de financiamento. As fintechs vêm se expandindo rapidamente, ajudando algumas a se transformarem em unicórnios. A Flutterwave Inc., uma empresa de pagamentos focada na África e nos mercados emergentes, anunciou na quarta-feira uma nova rodada de captação de recursos que ajudou a triplicar sua avaliação em menos de um ano para mais de US$ 3 bilhões.

A FSD está agora se concentrando em seguros, uma vez que o nível de penetração é baixo em muitos países da África. A receita de prêmios em relação ao produto interno bruto é inferior a 2% para a Nigéria e Gana, indicando espaço para as companhias de seguros se expandirem nos países da África Ocidental. Massingham prevê que as startups de seguros seguirão as fintechs para aproveitar a oportunidade no continente.

“Em média, os inovadores podem receber meio milhão a um milhão de dólares nas primeiras rodadas de angariação de fundos”, disse ele.