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Seguro auto segue estável e de moto acumula alta no primeiro semestre

Seguro auto segue estável e de moto acumula alta no primeiro semestre
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mais recente IPSA + IPSM – Índice de Preço do Seguro de Automóvel e Moto, desenvolvido pela TEx – parte da Serasa Experian, revela que, em junho de 2025, o setor segurador encerrou o primeiro semestre com estabilidade no seguro auto e nova pressão de alta no seguro de moto. O IPSA fechou o mês em 5,3% e o IPSM atingiu 9,9%, igualando o pico observado em dezembro do ano anterior.

Lançado em agosto de 2024, o IPSM (Índice de Preço do Seguro de Moto) foi criado a partir da demanda de leitores do IPSA por uma métrica exclusiva para o segmento de duas rodas. Desde então, os dois indicadores são publicados de forma complementar, oferecendo uma leitura mais completa do comportamento do mercado segurador.

Contraste no fechamento do semestre

De janeiro a junho de 2025, os dados mostram comportamentos distintos entre os segmentos. O IPSA manteve uma trajetória estável, oscilando entre 5,2% e 5,4%, enquanto o IPSM inverteu a tendência de queda do início do ano, voltando a subir a partir de abril.

Enquanto o seguro de automóvel segue em um momento de estabilidade e competitividade, o de moto volta a refletir um ambiente mais desafiador, com aumento no risco e impacto nos novos contratos.

Seguro de carro: estabilidade contínua

O seguro auto apresentou o menor índice para junho dos últimos cinco anos. O IPSA oscilou suavemente entre 5,2% e 5,7% nos últimos 13 meses. Essa estabilidade é atribuída à redução da sinistralidade e ao aumento da concorrência entre seguradoras.

Seguro de moto: alta sustentada e pressão sobre novos contratos

Em contrapartida, o IPSM acumulou alta pelo terceiro mês consecutivo. Após iniciar o ano em queda, retomou a trajetória de crescimento em abril. Em junho, os seguros novos chegaram a 10,5%, frente a 7,9% nas renovações com a mesma corretora — diferença que destaca o peso da fidelização.

A fidelização segue sendo um fator determinante para a moderação dos custos. Contratações novas, sobretudo no segmento de motos, apresentam variação significativa frente às renovações.

Perfil, localização e tipo de veículo moldam os preços

Contratações novas seguem mais caras: no IPSA, os percentuais foram de 6,8% (novo), 4,6% (renovação com mesma corretora) e 3,9% (renovação com outra corretora). No IPSM, a diferença entre novo e renovação com a mesma corretora ultrapassa 2,6 p.p.

Condutores de 18 a 25 anos pagaram 9,5% no seguro auto, contra 4,4% para maiores de 56 anos. No seguro de moto, a faixa de 18 a 25 anos chegou a 15,4%, mais que o dobro dos condutores acima de 56 anos (7,0%).

A região metropolitana do Rio de Janeiro teve os maiores índices: 6,8% (auto) e 13,9% (moto), enquanto Fortaleza apresentou os menores: 3,6% e 8,4%. Em São Paulo, a Zona Leste liderou com 7,1% (auto) e 15,0% (moto).

Carros com 6 a 10 anos lideram o IPSA com 7,1%, superando os zero km (3,5%). Modelos entre R$ 31 mil e R$ 50 mil têm índice de 8,7%, contra 3,4% nos veículos acima de R$ 150 mil.

Os dados reforçam como perfil, idade e localização moldam o comportamento do seguro. A faixa de 18 a 25 anos e regiões metropolitanas como São Paulo e Rio de Janeiro concentram os maiores índices.

Elétricos lideram; híbridos seguem mais econômicos

Os elétricos atingiram 4,3% em junho, à frente da gasolina (4,2%) e diesel (3,1%). Híbridos mantiveram-se como a categoria mais econômica, com 3,2%.

Rankings e tendências

O Chevrolet Onix segue como o carro mais cotado no país (5,3%), seguido por Hyundai HB20 (4,3%) e Jeep Renegade (3,6%). O Toyota Corolla Cross lidera entre os híbridos (30,6%) e o BYD Dolphin domina entre os elétricos (68,9%).

Acesse o estudo completo

O relatório IPSA + IPSM de junho de 2025, com análise consolidada do 1º semestre, está disponível para consulta e download.

Postado em
18/7/2025
 na categoria
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