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Educação executiva e experiências globais: ENS anuncia agenda internacional para 2026

Educação executiva e experiências globais: ENS anuncia agenda internacional para 2026

O que se transforma na atuação de executivos e corretores quando a aprendizagem acontece em diálogo direto com outras culturas e práticas de mercado? Essa foi uma das provocações que guiou o episódio 29 do Insurtalks Cast, no qual a jornalista Thais Rucco recebeu Maria Helena Monteiro, diretora de Ensino da ENS, para uma conversa sobre o alcance da educação executiva além das fronteiras. A dirigente apresentou a agenda internacional da instituição para 2026 e analisou como iniciativas de imersão em outros países têm fortalecido a atuação dos profissionais de seguros no Brasil.

Três décadas de aprendizado além das fronteiras

Questionada sobre a evolução do programa de imersões internacionais da ENS, Maria Helena lembrou que a iniciativa já soma mais de trinta anos de história. “Esse programa já existia quando eu me juntei à escola e sempre foi bastante ambicioso: levar executivos e corretores brasileiros a outros países que tivessem algo a nos ensinar”, contou. A diretora destacou a ampliação do escopo nos últimos anos. Hoje, os cursos abrangem desde tecnologia, gestão e produtos até aspectos jurídicos e de distribuição, sempre com destinos diversos e inéditos. “É difícil selecionar uma ou outra experiência como mais marcante, porque cada país, cada instituição e cada professor traz aprendizados muito específicos”, acrescentou.

Ela observou ainda que muitos participantes retornam em edições seguintes. “Metade dos inscritos para 2026 já participou de imersões anteriores. Isso mostra que perceberam o valor do programa e querem continuar ampliando seus horizontes”, disse.

Amplitude temática dialoga com diferentes públicos

Falando sobre a diversidade de conteúdos contemplados nas imersões, Maria Helena ressaltou que a ENS busca acompanhar de perto as principais demandas do setor. “Hoje nós tratamos de temas que são muito relevantes para o mercado, principalmente na área de tecnologia, gestão, seguro e resseguro, os aspectos jurídicos, produtos, criação de produtos e distribuição. Então nós temos um leque muito grande, um aspecto muito grande de temas tratados nessas imersões para interessar a diversos públicos”, afirmou.

Curso inédito na Itália

Ao ser perguntada sobre os destaques da nova agenda, Maria Helena anunciou a primeira imersão da ENS na Itália, com foco no direito do seguro. A parceria com a AIDA Brasil prevê uma jornada que passará por Roma, Florença e Trieste, explorando as raízes do direito romano e sua relação com o ordenamento jurídico brasileiro.

Sobre o programa, ela explicou a política adotada pela ENS: “A escola não ganha dinheiro com isso, cobramos apenas o preço de custo. É um serviço para o mercado brasileiro.” Por essa razão, as turmas só são confirmadas quando atingem o número mínimo de inscritos, assegurando a viabilidade do projeto junto às instituições parceiras.

De acordo com a executiva, a escolha da Itália também responde a uma demanda estratégica. “O direito brasileiro tem raízes muito fortes no sistema jurídico europeu e a comunidade europeia continua sendo inspiração para nossas legislações. Por isso entendemos que a vivência na Itália seria extremamente rica para os profissionais brasileiros”, explicou.

Estados Unidos: experiência prática em inovação aberta

Quando Thais Rucco abordou a programação nos Estados Unidos, Maria Helena detalhou a mudança de formato a partir de 2026. O curso será realizado em Nova York, em parceria com a SOSA, entidade israelense de inovação aberta.

“Depois de dois anos com a Universidade de Connecticut, percebemos que os alunos queriam menos teoria e mais contato direto com empresas. Agora serão cinco dias intensos, com muitas visitas técnicas, acompanhadas por especialistas que podem oferecer o suporte teórico se necessário, mas com foco prático”, afirmou.

Falando ainda sobre essa imersão, Maria Helena reforçou que a escolha de Nova York não é casual. “É um hub de inovação nos Estados Unidos, e isso proporciona uma exposição a empresas que estão definindo o futuro do setor de seguros. O objetivo principal é o aprendizado, mas, muitas vezes, os contatos geram parcerias e negócios no Brasil”, completou.

Transformação profissional e networking

Ao ser questionada sobre os impactos das imersões no desenvolvimento dos profissionais, Maria Helena foi categórica: “A experiência internacional abre muito a cabeça das pessoas. O mercado de trabalho valoriza essas vivências porque elas ampliam competências como adaptabilidade, resiliência e capacidade de resolver problemas.”

Ela compartilhou exemplos de participantes que fecharam negócios a partir dos contatos feitos no exterior. “Embora não seja o objetivo principal, isso acontece com frequência. Alguns alunos conheceram soluções que ainda não estavam disponíveis no Brasil e trouxeram essas parcerias para cá, com resultados muito expressivos”, contou.

Falando ainda sobre os ganhos indiretos, a diretora ressaltou o papel do networking. “O grupo viaja junto, convive intensamente durante cinco dias, troca experiências e cria laços que muitas vezes se transformam em parcerias duradouras”, afirmou.

Novos destinos confirmados

Em primeira mão, Maria Helena anunciou que, além da Itália e dos Estados Unidos, outras imersões estão confirmadas para 2026. Entre elas, a terceira edição do curso sobre práticas europeias de distribuição de seguros, em Portugal; um programa no Canadá, em parceria com o Chartered Institute of Marketing Management de Ontário (CIMO); e a segunda edição do curso sobre mutualismo, agora com foco exclusivo na Espanha.

Segundo ela, a diversidade de destinos responde à necessidade de atender diferentes perfis profissionais. “Temos opções voltadas para corretores, advogados e executivos, sempre com o objetivo de entregar conteúdo atualizado e relevante”, explicou.

Inscrições e pré-requisitos

Questionada pela jornalista sobre o processo de inscrição, Maria Helena esclareceu que cada programa tem exigências específicas, mas que a regra geral inclui curso superior completo e ao menos dois anos de experiência em gestão. “Nosso foco é o mercado de seguros e buscamos uniformizar os grupos para garantir trocas qualificadas. A inscrição é feita no site da escola, com análise curricular e pagamento de taxa, que é devolvida caso o candidato não seja aprovado”, explicou.

“Essas vivências ampliam a visão de mundo, fortalecem competências essenciais e aumentam a confiança para atuar em ambientes diversos”

Encerrando a entrevista, Maria Helena deixou uma mensagem aos profissionais que ainda não viveram essa experiência internacional: “Essas vivências ampliam a visão de mundo, fortalecem competências essenciais e aumentam a confiança para atuar em ambientes diversos. É um investimento que contribui para a carreira e gera impacto direto na forma como se enxerga o mercado. Tenho muito orgulho do trabalho que fazemos aqui, porque conseguimos entregar muito valor para os participantes”, concluiu.

Postado em
2/10/2025
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