Como as IAs de vídeo realista “Veo 3” e “Sora 2” respondem a prompts e o que esperar das novas tecnologias no mercado de seguros

Testes e resultados com as IAs de vídeo realista
O podcast Deu Tilt realizou testes comparando o Veo 3 e o Sora 2 e os resultados mostraram tanto o potencial quanto as limitações das IAs de vídeo realista. Ambas as plataformas foram solicitadas a gerarem vídeos curtos a partir de prompts simples. Para exemplificar, os apresentadores deram um comando para que criassem uma ginasta negra realizando movimentos complexos. As duas ferramentas apresentaram distorções corporais e falta de fluidez, com leve vantagem do Sora 2 em consistência. Já na simulação de um carro esportivo em uma estrada ao amanhecer, ambos produziram cenas convincentes, apesar de pequenos erros. O teste mais emblemático foi a tentativa de gerar um vídeo de Maradona com a camisa da seleção brasileira. O Sora 2 entregou uma versão não autorizada do atleta, enquanto o Veo 3 recusou o pedido por restrições ao uso de imagens reais. Tentativas de contornar a solicitação também falharam e os apresentadores ressaltaram a questão da ética, privacidade e o risco de usos indevidos, principalmente quando figuras públicas têm sua imagem replicada sem consentimento.
Personalização e comunicação educativa aprimorada
Nos últimos anos, não só no setor de seguros como em outros ramos corporativos, as empresas têm usado conteúdos explicativos em vídeo e outros recursos visuais para educar consumidores. Com essa tecnologia, as seguradoras podem produzir materiais audiovisuais personalizados, de maneira rápida e econômica, ampliando sua capacidade de informar e orientar clientes, utilizando um formato de comunicação mais dinâmico. Além disso, vídeos e imagens geradas automaticamente podem elaborar explicações acerca de coberturas, processos de sinistro e condições contratuais com clareza, reforçando a compreensão do cliente e reduzindo a necessidade de produção tradicional e mais lenta. Além da possível economia, essa personalização permite adaptar mensagens para perfis específicos, ampliando o impacto das ações de marketing e educação do segurado. Conteúdos audiovisuais dinâmicos e adaptados ao perfil do público podem deixar informações sobre riscos e cuidados mais claras e envolventes.
Digitalização e seus reflexos no ramo segurador
A transformação digital no setor de seguros tem repaginado processos internos, relacionamento com o cliente e estratégias de operação. Com o crescimento de plataformas online, inspeções remotas, assinaturas digitais e regulação automática de sinistros, as seguradoras buscam cada vez mais soluções que tragam precisão, velocidade e transparência. Nesse cenário, os vídeos realistas gerados por IA surgem como uma evolução natural dessa digitalização. Por exemplo, na etapa de análise de sinistros, a possibilidade de gerar simulações detalhadas pode ser eficiente. As reconstruções produzidas por IA permitem comparar versões do ocorrido, validar relatos e complementar documentos enviados pelo segurado, acelerando todo o fluxo de regulação. Com o mercado brasileiro avançando em direção a operações cada vez mais digitais, empresas que incorporarem novas tecnologias estarão mais preparadas para atrair, engajar e reter clientes.
Treinamento contínuo e capacitação de equipes
A digitalização também fez com que os usuários buscassem experiências cada vez mais rápidas, intuitivas e totalmente online. Nesse novo contexto, trazer novidades com a IA é importante para oferecer essas experiências para os clientes, além de aprimorar o desenvolvimento interno, oferecendo treinamentos para quem está lidando com essas ferramentas nos processos de seguros. Corretores, equipes de suporte e times operacionais podem acessar materiais mais claros, dinâmicos e envolventes, o que potencializa o aprendizado, aumenta o engajamento e facilita a aplicação prática do conhecimento. Consequentemente, isso acaba impactando na qualidade do atendimento e na segurança das orientações oferecidas ao segurado. A capacitação contínua, apoiada por recursos tecnológicos avançados, deixa de ser apenas uma boa prática e passa a ser um diferencial competitivo em um setor que exige comunicação precisa.
Desafios regulatórios e éticos
Durante os testes com as IAs, os apresentadores do podcast da UOL, Helton e Diogo, discutiram os riscos e dilemas éticos das IAs de vídeo. Helton lembrou que o Sora já foi usado para criar vídeos racistas envolvendo Martin Luther King, removidos apenas após pressão da família. Outros casos, como o do ator Bryan Cranston, evidenciam a falta de autorização prévia para uso da imagem de figuras públicas. Eles destacam que a política atual de “deixar fazer, remover depois” pode gerar problemas jurídicos e éticos graves. Diogo reforçou que a popularidade do Sora vem justamente da possibilidade de qualquer pessoa se inserir em situações diversas, mas alertou para consequências sérias dessa liberdade. Dito isso, embora tenham uma função proveitosa, essas tecnologias ainda esbarram em questões éticas, legais e de segurança que precisam ser endereçadas, o que requer responsabilidade no uso e no desenvolvimento. No segmento de seguros, é fundamental garantir que os conteúdos e recursos provenientes de IA respeitem as normas da SUSEP e entregue informações corretas, evitando interpretações equivocadas. Tanto a SUSEP quanto a ANS acompanham esses avanços para propor diretrizes que assegurem a integridade do mercado e a proteção do consumidor.
Um futuro mais ágil, personalizado e tecnológico
A evolução das IAs de vídeo realista traz funções inovadoras, com potencial para alavancar a comunicação com o público, além de viabilizar novas possibilidades de análise de riscos. À medida que as ferramentas tecnológicas se tornam mais presentes no cotidiano das seguradoras, os processos ficam mais rápidos, conteúdos mais claros e experiências mais personalizadas. Mas essa transformação não vem sem desafios. Questões éticas, uso indevido de imagem e responsabilidades regulatórias demandam das empresas equilíbrio entre inovação e segurança. Para isso, é preciso adotar tecnologias avançadas sem perder de vista a transparência, o respeito ao consumidor e a conformidade com normas. Se bem utilizadas, as IAs podem melhorar padrões de atendimento, capacitação e prevenção de riscos.


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