CEO da Azos fala das novidades tecnológicas e da importância do corretor

a última quinta-feira, dia 20/10/2022, a CQCS promoveu uma mesa redonda em seu canal do Youtube TV CQCS. O bate papo teve como entrevistado o CEO e cofundador da Azos, Rafael Cló e contou com a apresentação de Gustavo Doria Filho, fundador da CQCS e com os debatedores: Luanna Mikaelle, da Insurtalks, Carla Boaventura e Alicia Ribeiro, da CQCS, Ivanildo de Sousa, da Seg News, Nicole Fraga, da revista Apólice e Pedro Roncarati, da Editora Roncarati.
Robô permite aceitar propostas em até 3 segundos
O bate papo foi iniciado por Alicia Ribeiro falando sobre IA. Ela perguntou: “A IA da Azos é capaz de tomar decisões sobre aceitação de risco em até 3 segundos. De que forma isso colabora para a melhora da experiência do usuário? Isso pode ser benéfico também para o corretor?” Rafael respondeu explicando que a ideia ao criar o algoritmo chamado Fred era fazer a aceitação da proposta o mais rápido possível, mas também que ele tenha um viés antifraude muito robusto. Ele declarou: “Hoje, estamos aceitando até 15% das apólices em até 3 segundos, a nossa meta do ano é chegar perto de 40% de aceitação em até 3 segundos. Estamos aumentando essa fronteira continuamente”.
A IA contribui para o processo de vendas de seguros
Ainda respondendo à segunda parte da pergunta da Alicia, a respeito de como a IA pode ser benéfica para o corretor, o cofundador da Azos foi enfático: “Vejo isso muito positivamente para o corretor de seguros. Tenho conversado com grandes corretores e eles, às vezes, se perdem com processos burocráticos de venda de seguros. Isso porque um corretor que trabalha com operação extensa de vendas e tem muito lead, acaba perdendo vendas em meio à burocracia. A gente quer simplificar tudo isso para que o corretor não precise se preocupar com a gestão e burocracia do dia a dia e possa focar em vender”.
“O corretor é peça chave na cadeia de valor de seguros”
Carla Boaventura perguntou sobre qual a importância do corretor na operação da Azos e Rafael respondeu dizendo que: “O corretor é peça chave na cadeia de valor de seguros. Quando estávamos pesquisando como você começa como empresa no mercado de seguros, nós olhamos para fora, para as principais startups de seguros nos Estados Unidos, na Europa, algumas na ÁSIA __ inclusive várias delas investiram na Azos — e ficamos muito próximos dessa comunidade de pessoas que tinham fundado empresas de tecnologia no mercado securitário em outros países. E um tema comum no mundo inteiro é que as empresas que mais se destacaram nesses mercados foram aquelas que estavam não só servindo o mercado, mas servindo o corretor. Que vê o corretor como peça chave da cadeia de valor de seguros e trabalhavam junto com o corretor para chegar para o cliente final com um produto que tivesse bastante apelo”.
Fator cultural do Seguro de Vida no Brasil
Ivanildo de Sousa, questionou se a Azos têm alguma campanha para elucidar o consumidor sobre Seguro de Vida, já que ainda existe muito tabu em relação a esse segmento. Rafael respondeu da seguinte maneira: “Temos feito várias iniciativas que visam trazer visibilidade para as pessoas da importância de ter alguma segurança financeira. O fato de a gente ter lançado um produto que começa a partir de R$5,00 reais, foi com essa consciência de que temos esse dever social de oferecer os melhores produtos de seguros não só para quem pode pagar, mas para todos (...). Então, se você tem também como missão da Companhia democratizar o Seguro de Vida, você precisa cumprir com seu discurso. Por isso, pensamos que mesmo que haja prejuízo em determinadas vendas, a gente quer um produto que seja inclusivo. Acho que esse é o primeiro passo: se a gente precisa mudar a cultura do brasileiro em relação a isso, a gente precisa oferecer um produto que ele possa contratar.
Conscientização
O CEO da Azos continua seu raciocínio explicando que o segundo passo ele considera mais difícil: “A conscientização. E aí um outro ponto do da importância do canal do corretor, que é quem faz essa conscientização”. Rafael explica que não é possível sensibilizar as pessoas da importância de ter o patrimônio delas protegido apenas por canais digitais. É preciso que haja o corretor para sensibilizar os clientes a respeito da importância do seguro de vida para que haja a contratação.
Motivos para a baixa penetração do Seguro de Vida no Brasil
Segundo Rafael, no Brasil, o Seguro de Vida é pouco penetrado. Ele diz: “ Você compara a penetração do seguro de vida do Brasil com outros países até não desenvolvidos da América Latina, a gente está muito abaixo. Um dos principais motivos pelo qual a penetração é baixa é o pouco número de corretores no Brasil.
Programa de formação de corretoras
Por conta da baixa penetração do segmento no país, a Azos teve a iniciativa de passar a formar corretores. “A gente tá com duas iniciativas super incipientes. Provavelmente vocês vão escutar muito mais sobre isso nesses próximos meses, mas uma delas é muito próxima assim da missão da Asus, do meu coração, do que a gente tá querendo fazer para indústria. A gente tá começando um projeto sócio-empresarial onde a gente tá tentando tentar trazer visibilidade para um tópico tão importante que é a proteção da família”.
Segundo o CEO da Azos, um dado que os assustou foi que o Brasil tem 11 milhões de mães solos que foram abandonadas pelo marido e tem um filho. Além desse, outro dado que também chocou foi que 70% das mulheres que são diagnosticadas com câncer de mama são abandonadas pelo marido após o diagnóstico. A partir dessa realidade, ele declarou: “Existe um problema muito claro aí se a gente tá falando de proteção da família e proteção da Infância e proteção das pessoas que estão por vir, caso o provedor venha faltar. Será que a gente consegue atuar de alguma forma com isso? E aí gente tá começando a costurar e criar o programa de formação de corretoras para as mães solos, para que elas consigam fazer essa transição, aprender a virarem corretoras. Acho que de tabela a gente já ajuda com outro ponto que precisa mudar no mercado segurador que é a falta de mulheres no mercado”.
As novidades tecnológicas
Questionado pela Insurtalks sobre o que esperar de novidade tecnológica e inovação após o lançamento do Fred — o robô comandado por IA desenvolvido pela própria equipe de tecnologia da Azos — ter superado as expectativas?
Rafael explicou que há previsão de lançar dois algoritmos ainda mais complexos e inovadores. Um deles, para realizar o pagamento do sinistro automaticamente.Ele afirmou: “Como esposa do Fred Flintstone, tem a Vilma. Ela vai vir para fazer o pagamento de sinistro automático. A Vilma já é um algoritmo que a gente tá trabalhando dentro de casa para construir uma forma bem simplificada de fazer o pagamento sinistro que seja também em três segundos. Então, a pessoa entregou toda documentação: que o processo seja o mais automatizado possível. Se tiver algum apontamento, tudo bem, vai para um ser humano olhar para averiguar e quem sabe fazer até uma sindicância, mas se não se tiver, se não tiver nenhum apontamento, que faça o pagamento de uma forma simplificada ,de uma forma rápida”.
IA como plataforma de gestão de pagamento
O entrevistado explica que eles gostam de dar nomes para os algoritmos que trabalham e explica: “Então tem um outro aqui também é de Inteligência Artificial que é para fazer cobrança e aí a gente tá chamando esse algoritmo de cobrança via Inteligência Artificial de Billy (por causa da palavra cobrança em inglês). E aí o Billy, a ideia dele é que ele faça
e segmente por usuário quando enviar uma mensagem de cobrança via WhatsApp, quando enviar via e-mail, quando pedir para alguém do nosso atendimento fazer uma ligação para essa pessoa porque aquela pode ser por algum motivo de algum erro, então a ideia desse Billy é ser mais do que um algoritmo, é ser uma plataforma de gestão de pagamento”.
Inadimplência caiu para quase a metade
Rafael disse que uma das coisas legais que eles fizeram com Billy foi começarem a incluir os corretores. Ele explicou: “Incluímos um conjunto de 30 corretores que estão com a taxa de inadimplência mais alta do que a gente gostaria. Pensamos: ‘Será que a gente consegue ajudar essas pessoas a combaterem inadimplência?’ Vamos fazer um teste: posso fazer a cobrança para você (corretor) com meu time de atendimento. Vou fazer de uma forma bem leve. A gente deixa fazer a cobrança para vocês de todos os aportes e no final do dia a gente vê o que acontece. Os
corretores amaram! Porque tirou a carga operacional deles e a gente diminui a inadimplência no primeiro mês 50%, no segundo mês de 30%. e a ideia com Billy é que a gente consiga incluir todos os corretores dentro desse sistema de cobrança”.
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