Inovação

SUTLab: a aposta da SUTHUB em inovação sob medida

SUTLab: a aposta da SUTHUB em inovação sob medida

No 23º episódio do Insurtalks Cast, a jornalista Thaís Rucco recebeu Renato Jose Ferreira, CEO da SUTHUB, para falar sobre o SUTLab, iniciativa que vem acelerando a digitalização de seguradoras e insurtechs. No diálogo, o executivo explicou como o framework atua na criação de projetos sob medida, comentou os ganhos proporcionados pela automação de processos, pela curadoria de dados e pelo uso de bots inteligentes, além de destacar os diferenciais dos squads preparados para gerar valor desde o primeiro dia. Renato também compartilhou a visão da SUTHUB sobre a receptividade do mercado de seguros a propostas mais ousadas e apontou tendências que devem marcar os próximos anos, como inteligência artificial generativa, Open Insurance e Hyper Automation.

Trajetória e diagnóstico

Ao ser convidado a compartilhar sua história, Renato contou que sempre esteve ligado à tecnologia, passando por software, arquitetura de sistemas e automação. O encontro com o setor de seguros revelou um mercado muito bem estruturado, mas com gargalos em digitalização e integração. Nesse espaço, surgiu a ideia de criar uma infraestrutura capaz de conectar sistemas legados a novos canais. O SUTLab, segundo ele, representa a evolução dessa proposta ao combinar especialistas humanos e inteligência artificial em projetos sob medida.

Motor invisível

Instigado sobre o papel da SUTHUB, Renato descreveu a empresa como um motor invisível que conecta seguradoras, canais e consumidores. O objetivo é que qualquer produto esteja disponível em qualquer canal, físico ou digital, de forma rápida e segura. O SUTLab amplia essa visão ao se posicionar como framework de inovação, permitindo que ideias sejam transformadas em soluções digitais de forma mais ágil e escalável.

Projetos sob medida

Provocado sobre o que significa ir além de uma plataforma padrão, Renato explicou que o SUTLab não entrega modelos engessados. Cada cliente tem necessidades distintas: lançar produtos com rapidez, integrar legados ou automatizar fluxos. O framework mapeia desafios, prioriza entregas e integra a solução ao ambiente do cliente.

Ele detalhou as três fases de adoção de IA que culminaram no SUTLab. A etapa de descoberta trouxe uso individual e disperso das ferramentas. Na fase de expansão, as áreas passaram a usar acessos corporativos, mas sem integração plena. A fase de orquestração consolidou o conceito de contexto persistente, no qual agentes de IA guardam históricos e decisões para acelerar entregas. Renato destacou ainda que hoje o SUTLab já adota agentes com maior autonomia, capazes de executar tarefas e sugerir recomendações, sempre sob supervisão humana.

Squads preparados

Ao falar dos squads, Renato explicou que os times são formados por especialistas humanos prontos para atuar desde o primeiro dia. O diferencial está no contexto persistente, que reduz o tempo de integração de semanas para até 48 horas. Assim, o valor é entregue de imediato, sem longos períodos de adaptação.

Frentes de atuação

Comentando sobre os projetos já realizados, Renato citou três frentes principais: automação de processos internos, jornadas digitais completas e personalização de produtos para múltiplos canais. Esses movimentos, segundo ele, aumentam produtividade, satisfação de clientes e velocidade no setor.

Dados e bots em prática

Provocado sobre a aplicação de curadoria de dados e automação, Renato ressaltou impactos medidos em tempo, custo e qualidade. Um exemplo é o agente do PO, que gera e atualiza automaticamente documentações em ferramentas como Confluence e Jira, liberando tempo para planejamento. Isso reduziu bugs e retrabalho.

O executivo também contou que os clientes percebem ganhos logo nas primeiras semanas, o que aumenta confiança e fidelização. Reuniões registradas e inseridas no SUTLab fortalecem o aprendizado contínuo, tornando as entregas cada vez mais rápidas e consistentes.

Percepção dos clientes

Ao falar da receptividade no setor, Renato reconheceu que existe uma cautela inicial sempre que se apresenta um ferramental diferente do habitual. Essa desconfiança, porém, se dissolve quando os primeiros resultados aparecem em métricas concretas: lançamentos que antes levavam meses sendo concluídos em semanas, reduções de custo superiores a 50% e treinamento de novos times em apenas 48 horas.

Durante sua resposta, Renato citou o exemplo de uma grande seguradora que, após testar o SUTLab em um projeto piloto, decidiu expandir o uso da solução para áreas estratégicas de seu back-office de tecnologia. Segundo ele, a experiência inicial mostrou ganhos de velocidade e organização tão evidentes que a própria empresa manifestou interesse em replicar o modelo internamente, montando squads dedicados para processos de suporte. Para o executivo, esse movimento ilustra como a cautela inicial pode se transformar em confiança a partir de resultados tangíveis, impulsionando uma adoção mais ampla.

Tendências digitais

Provocado sobre tendências, Renato destacou três frentes: IA generativa, Open Insurance e Hyper Automation. A primeira personaliza e acelera produtos; a segunda amplia canais e integrações; a terceira garante escala e eficiência. O desafio, segundo ele, será combinar essas forças em um ambiente ainda resistente.

Papel da SUTHUB

Ainda respondendo a Thaís, Renato afirmou que a SUTHUB atua como aceleradora da transformação digital, unindo tecnologia, dados, processos e pessoas. Ele citou a aplicação do SUTLab ao Sistema de Registro de Operações da Susep, desde a primeira versão até a atual (SRO v3), que será tema de um evento próximo.

Ao falar sobre por onde começar, Renato recomendou que seguradoras e insurtechs adotem uma lógica de projetos-piloto. A ideia é escolher iniciativas pequenas em escopo, mas de alto impacto e visibilidade, que tragam resultados mensuráveis em poucas semanas. Ele explicou que quando os ganhos em custo, qualidade e velocidade se tornam palpáveis em um piloto, a decisão de escalar o modelo para toda a operação acontece de forma muito mais natural. “É mostrando resultados concretos em um projeto crítico que se conquista espaço para transformar toda a estrutura”, ressaltou.

“SUTLab é um modo turbo da sua operação”

Quando Thais pediu que Renato definisse o SUTLab em uma única frase, ele afirmou: “Eu diria que é um modo turbo da sua operação. É um acelerador. Ele une o melhor da inteligência humana e da inteligência artificial para entregar mais, melhor e mais rápido. Então, é isso que o mercado de seguros precisa, né?”, concluiu ele.

Postado em
21/8/2025
 na categoria
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