De onde surgiu a necessidade de segurança nas salas de cinema?

Em 1938 ocorreu um incidente no Cinema Oberdan durante uma sessão lotada no centro de São Paulo. Um alarme falso de incêndio foi acionado e, acreditando que havia um fogo real no prédio, o público entrou em pânico. A sala escura, as saídas estreitas e a falta de protocolos adequados agravaram a situação. Muitas pessoas correram ao mesmo tempo em direção às portas, o que provocou tumulto, quedas e pessoas acabaram morrendo pisoteadas. Como consequência da tragédia, autoridades municipais e estaduais passaram a revisar e endurecer normas de prevenção, emergência e evacuação em cinemas, teatros e casas de espetáculo, dando origem às primeiras regulamentações específicas para esses espaços no Brasil. 

Os seguros passaram a compor a estrutura de proteção das salas de cinema

Assim, a necessidade de segurança nas salas de cinema não surgiu de forma abstrata, nem como resposta preventiva a um risco teórico. Foi a partir desse episódio concreto que cinemas, teatros e casas de espetáculo passaram a ser tratados como ambientes que concentram riscos coletivos e exigem responsabilidade técnica permanente.Os seguros passaram a compor a estrutura de proteção das salas de cinema. Ele deixou de ser um elemento periférico e passou a integrar a lógica de funcionamento desses espaços: não evita o incidente, mas garante meios para lidar com suas consequências, amparar vítimas, cobrir danos materiais e sustentar a continuidade da operação. Falar sobre segurança nas salas de cinema, portanto, é tratar também do papel dos seguros na gestão responsável de riscos que envolvem público, patrimônio e atividade econômica.

Crescimento do público e cinema brasileiro em alta: os seguros são parte essencial da cadeia de proteção

Após o fenômeno da pandemia, o Brasil mostrou uma recuperação acima das expectativas, com o público retornando às salas de cinema. No primeiro semestre de 2025, segundo dados do Filme B, o mercado registrou seu melhor resultado desde 2019, com mais de R$1,2 bilhão em bilheteria e 61,2 milhões de ingressos vendidos entre janeiro e junho. 

O cinema nacional também é responsável por grande parte do público atual nas salas. Segundo uma matéria do portal Agência Brasil, o cinema nacional teve forte crescimento no primeiro semestre de 2025. Produções como “O Auto da Compadecida 2”, “Ainda Estou Aqui”, “Chico Bento” e a” Goiabeira Maraviósa”, “Vitória” e “Homem com H” levaram o público brasileiro a crescer 16,3%, alcançando 9,1 milhões de espectadores, enquanto a renda avançou 15,9%, chegando a R$ 172 milhões. O market share do cinema nacional se aproximou de 15% no período. O país também ampliou sua estrutura exibidora: de 3.410 salas em 2024 para 3.484 em 2025, aumento de 2,2%. Com base na matéria, os filmes brasileiros atingiram 11,2% do mercado, e o engajamento dos brasileiros com o cinema nacional cresceu fortemente com a indicação de O Agente Secreto ao Globo de Ouro de 2026 reforçando a visibilidade internacional do audiovisual brasileiro.

Com o público retomando o hábito de frequentar o cinema, assegurar a segurança do ambiente e a continuidade das operações tornou-se tão essencial quanto lançar grandes estreias. Hoje, proteger a experiência do espectador é um pilar indispensável para manter a vitalidade e a sustentabilidade do setor cinematográfico. Pode-se dizer que os seguros são parte essencial da cadeia de proteção aos espectadores.

Operações cinematográficas exigem um conjunto de coberturas específicas

Os cinemas atuais contam com sistemas avançados de prevenção e combate a incêndios capazes de detectar riscos rapidamente e agir de forma automática. Além de extintores e hidrantes, essas estruturas utilizam detectores por aspiração, que identificam partículas de fumaça ainda na fase inicial, e cortinas de fogo, que isolam áreas críticas para evitar a propagação das chamas. Esses recursos operam de forma integrada a centrais inteligentes de monitoramento, que acompanham temperatura, falhas elétricas e padrões de ventilação em tempo real, garantindo respostas rápidas e maior segurança para o público, para as equipes e para os equipamentos de alto valor das salas de projeção. Ainda assim, com todos esses equipamentos, a complexidade das operações cinematográficas exige um conjunto de coberturas específicas capazes de proteger tanto a estrutura física quanto o público e os sistemas que mantêm o cinema funcionando.

Seguros indispensáveis para a operação das salas de cinema

Entre as principais necessidades de seguros nas salas de cinema estão o seguro patrimonial, que cobre incêndios e panes elétricas; o seguro de responsabilidade civil, essencial para resguardar espectadores em caso de acidentes; e o seguro para equipamentos e sistemas de projeção, fundamentais para manter sessões em pleno funcionamento. Além disso, a continuidade das atividades depende do seguro de interrupção de negócios, que minimiza prejuízos em situações de paralisação inesperada.

Seguradora é destaque em campanha nos cinemas

A Seguros Unimed ganhou forte visibilidade no circuito exibidor com a campanha “Se é Unimed, é Seguro”, apresentada desde 2022 nos trailers de segurança em mais de 2.130 salas de cinema, alcançando mais de 226 milhões de visualizações em 131 municípios. A iniciativa não apenas reforça a presença da marca no ambiente cultural, como também evidencia sua atuação no apoio à segurança das salas. A seguradora oferece coberturas específicas para o setor, incluindo seguros patrimoniais contra incêndios e danos estruturais, responsabilidade civil para proteção dos espectadores e apólices voltadas à operação de equipamentos e sistemas de projeção. Essa combinação de comunicação estratégica e produtos especializados reforça o papel das seguradoras na criação de ambientes culturais mais seguros, modernos e bem preparados.

O seguro como base de proteção para as salas de cinema

A retomada vibrante do público, a valorização do cinema nacional e a convivência entre salas tradicionais e o streaming reafirmam o interesse da população no entretenimento cinematográfico. Desde o trágico episódio do Cinema Oberdan, em 1938, até os sistemas inteligentes de prevenção de incêndio que equipam as salas atuais, o setor evoluiu para garantir que a magia da tela grande nunca seja interrompida. Nesse cenário, os seguros especializados deixam de ser apenas uma formalidade burocrática e passam a ser um elemento estrutural na continuidade do negócio. São eles que protegem espectadores, funcionários, instalações e equipamentos, assegurando que cada sessão aconteça com tranquilidade, eficiência e confiança. Em um momento em que o cinema brasileiro vive um de seus períodos mais vibrantes e o público volta a ocupar poltronas com entusiasmo renovado, a proteção se torna parte essencial do espetáculo. Porque, no fim das contas, para que a magia aconteça na tela, é preciso que a segurança esteja firmemente ancorada nos bastidores.