e acordo com uma matéria do Valor Econômico, o setor de seguros está se preparando para implementar o conceito de Open Insurance no Brasil. Segundo especialistas, embora o marco regulatório já tenha sido estabelecido, a plena operacionalização do Open Insurance ainda levará cerca de dois anos.

A matéria menciona que o Open Insurance, também conhecido como "seguro aberto", é um modelo que visa promover a concorrência e a inovação no setor de seguros, permitindo que os consumidores compartilhem seus dados com diferentes empresas, ampliando as opções de produtos e serviços disponíveis.

De acordo com Alexandre Leal Neto, diretor técnico e de estudos da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), o Open Insurance trará benefícios significativos para os consumidores, como maior agilidade e conveniência na contratação de seguros, além de possibilitar a criação de produtos mais personalizados e adequados às necessidades individuais.

No entanto, o artigo ressalta que a implementação completa do Open Insurance demandará tempo e investimentos significativos por parte das seguradoras, uma vez que será necessário adaptar sistemas e processos para permitir a troca segura e eficiente de informações entre as empresas. Além disso, a transição para o Open Insurance exigirá uma mudança cultural no setor, com a necessidade de estabelecer parcerias entre as seguradoras e outras empresas de tecnologia para garantir a interoperabilidade e a segurança dos dados compartilhados.

Segundo o superintendente de produtos da Brasilprev, Sandro Bonfim, a principal dificuldade enfrentada pelas empresas envolvidas no Open Insurance (Opin), de maneira geral, é construir uma estrutura sólida dentro de um prazo relativamente curto. Bonfim destaca que esse é um grande desafio para todas as seguradoras, especialmente aquelas que ainda estão no início da transformação digital. Ele afirma que, no caso da Brasilprev, que atua principalmente na previdência privada, o cronograma estabelecido é para julho e que a empresa não deve enfrentar problemas tecnológicos significativos.

Bonfim relata que a Brasilprev tem investido intensamente na digitalização de suas operações nos últimos anos, mesmo antes do surgimento do Open Insurance (Opin). Ele menciona que a empresa criou, há aproximadamente três anos, dois novos setores: o Digital Experience Lab (DxLab) e a superintendência de dados. Destaca também que, quando o Open Insurance foi introduzido, a Brasilprev já possuía uma base tecnológica em desenvolvimento. Na opinião de Bonfim, o desafio está presente para as seguradoras que ingressaram posteriormente nesse processo de digitalização, pois terão que recuperar o tempo perdido, o que não é uma tarefa simples.

Apesar dos desafios, a perspectiva é de que o Open Insurance traga mais transparência e competitividade para o mercado de seguros no Brasil, impulsionando a inovação e possibilitando uma melhor experiência para os consumidores.