Inovação responsável: como equilibrar privacidade, ética e tecnologia no seguro

No Insummit 2025, Rodrigo Nogueira, Data Protection Officer (DPO) da FF Seguros, participa de um painel que vai discutir os caminhos para uma inovação responsável no setor de seguros. O executivo antecipa que a expansão da inteligência artificial exige atenção redobrada a temas como proteção de dados, diversidade nos times de desenvolvimento e governança de processos, pontos que considera fundamentais para que o avanço tecnológico não traga riscos à confiança do cliente.
Nogueira destaca que a privacidade deve ser entendida como um valor estratégico. A falta de preparo para lidar com dados sensíveis ou decisões automatizadas, segundo ele, pode comprometer não apenas a experiência do segurado, mas também a sustentabilidade do negócio no longo prazo. “É nesse equilíbrio entre inovação e responsabilidade que o setor poderá avançar com segurança.”
O papel do DPO na construção de uma inovação responsável
Para Rodrigo, a inovação não pode se afastar dos princípios de governança e privacidade. “O DPO não é o burocrata, ele não é a pessoa que vai impedir a inovação, ele é a pessoa que vai colaborar para que a inovação aconteça, mas tendo essa roupagem que a LGPD e o regulatório trazem.” Ele também ressalta que a diversidade nos times é essencial para evitar vieses em modelos de IA: “Na medida em que você tem equipes diversificadas, equipes de diferentes mindsets, isso pode ajudar a identificar esses vieses implícitos que podem estar ali no modelo que você está treinando.”
Dilemas e caminhos possíveis da IA no setor de seguros
O painel promete trazer reflexões sobre governança de dados, ética e tendências regulatórias em inteligência artificial, temas que ganham cada vez mais relevância no setor de seguros. A proposta é discutir como incorporar esses princípios ao desenho de produtos e serviços, de forma que a inovação esteja associada à transparência e à confiança do consumidor. O debate também aponta para o papel estratégico dos líderes na consolidação de práticas responsáveis, em um momento em que diferentes mercados já enfrentam dilemas éticos e regulatórios relacionados ao uso da tecnologia.
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