
costumeiro ouvir que no Brasil não há furacões, vulcões em atividade, terremotos e todos os outros tipos de fenômenos da natureza que abalam a vida dos habitantes de vários outros países e, muitas vezes, chegam a causar tragédias. Uma premissa verdadeira até certo ponto. Sob o prisma da natureza dos eventos meteorológicos, realmente.
No entanto, se analisar apenas sob a perspectiva das catástrofes causadas por eventos da natureza que não são, por si só, perigosos, mas que podem se tornar devido à intensidade?
Por exemplo: as chuvas. A chuva, por sua essência, não é uma tragédia; O excesso de chuva, a intensidade dela, muitas vezes é. No Brasil, assim como em outros países do mundo, é bastante comum ocorrer inundações nos meses muito chuvosos do ano.
Por causa dessas enchentes, muitas pessoas sofrem com a perda ou avaria de bens que foram deteriorados devido ao alagamento de suas casas ou de seus carros.
Inclusive, nas últimas semanas, as chuvas atingiram algumas regiões de São Paulo e, principalmente, Rio de Janeiro. A forte incidência de chuvas causou alagamentos e gerou sérios danos aos imóveis que ficam nessas regiões.
Cobertura de seguro para este tipo de infortúnio
Para tratar da cobertura do seguro, primeiramente, é imprescindível diferenciar três termos usados para se referir a esse tipo de situação para que não haja confusão no momento de contratar uma apólice.
- Alagamento: é o acúmulo de água em locais após a inundação
- Inundação: ocorre quando a água transborda do local onde ela está armazenada e invade outros locais
- Enchente: é o aumento do nível da água naquele determinado local.
Para ilustrar os 3 tipos, é importante exemplificar:
Alagamento: é quando o rio transborda e a água fica represada por conta da falta de escoamento do local, significa que ele está alagado.
Inundação: é quando chuvas torrenciais fazem com que um lago ou rio fique tão cheio a ponto de vazar, fazendo com que ocorra uma inundação.
Enchente: quando o nível da água de um rio sobe, apenas.
Por que é importante saber diferenciar?
Porque há coberturas diferentes que envolvem essas 3 possíveis situações.
O seguro residencial costuma oferecer proteção para riscos que não são possíveis de prever (queda de raio, explosão, roubo e incêndio, por exemplo). Danos causados por situações inesperadas.
Inundações e alagamentos causados por quebra de tubulação são o tipo de situação em que é possível que o seguro residencial cubra os prejuízos que eventualmente sejam causados, já que não havia um risco prévio já conhecido pelo proprietário da residência.
Por isso, ao contratar o seguro ou incluir a apólice, é importante discernir as coberturas.
Como contratar?
O seguro residencial que inclui na apólice cobertura de alagamento e inundação oriundos da ação da chuva não é tão comum porque muitas casas que são atingidas por este tipo de problema costumam estar em áreas onde já existe risco potencial da água invadir o local.
Por isso, para realizar a blindagem patrimonial necessária é preciso contratar a modalidade específica indicada pelo seu corretor, já que, normalmente, a cobertura para problemas de inundação é contratada como um serviço adicional, além do plano básico.
A insurtech especializada em seguros contra inundações
A Insurtech Joe Flood Insurance Brokerage (JFIB) lançou sua corretora de atacado de seguros contra inundações baseada em tecnologia.
Fundada com o objetivo de fornecer tecnologia de seguro contra enchentes de última geração e uma abordagem de subscrição consultiva para agências de todos os tamanhos, a JFIB tem como preceito ser “nascida da experiência e construída para a simplicidade”, leva a sério seu lema: a página principal do site informa que é possível inscrever-se em 2 minutos e deixa claro que oferece um pacote de serviços contra inundações.
A organização também fornece serviços adicionais relacionados a seguros contra enchentes, incluindo pontuação de risco, relatórios de risco de propriedade, arquivamento de Carta de Emenda ao Mapa e muito mais.
A Adesão do mercado segurador
Apesar das graves perdas causadas pelas inundações serem notórias e públicas, há ainda pouca aderência do mercado segurador .
O chefe de perigos de catástrofes da Swiss Re, Martin Bertogg, declarou: “Somente em 2021, testemunhamos mais de 50 eventos graves de inundação em todo o mundo. Dada a escala de devastação, o risco de inundação merece a mesma atenção e rigor de avaliação de risco que perigos primários, como furacões. Além disso, as perdas por inundações continuarão a aumentar graças às mudanças climáticas e à urbanização”
Sendo assim, há urgência de maior adesão das empresas de seguros a esse modelo de cobertura. Ela existe no mercado, mas há uma lacuna enorme entre a necessidade de proteção dos segurados e a oferta para esse tipo de cobertura.
Modificar esse cenário é possível e cabe aos players de seguros impulsionar essa mudança.