m entrevista à Elane Cortez, anfitriã do evento Insurtech Latam Fórum 2022, no dia 09/08/2022 às 21:00 horas, Taiolor Morais, CTO (Chief Technology Officer) da Youse Seguros, falou sobre sua trajetória, sobre a Youse e discorreu sobre o tema: “Como as seguradoras digitais injetam inovação e transformam o mercado segurador”. Confira abaixo alguns trechos deste painel:

A primeira insurtech do Brasil

Taiolor começa o painel falando sobre sua trajetória e sobre a Youse. Ele esclarece que ela foi, genuinamente, a primeira insurtech do Brasil e que “O impacto que a Youse teve para o seguro no Brasil, guardadas as devidas proporções, foi o mesmo impacto que o Uber teve quando chegou aos diversos países do mundo”. 

Tem o DNA da facilidade

O CTO da Youse explica que o nascimento da Youse foi um ato de disrupção muito grande e diz: “A Youse nasceu com a vocação inicial de ser o B2C, conectada diretamente com o cliente e trazendo o DNA de facilidade”. 

O grande diferencial

Sobre a expertise da startup de seguros, Taiolor fala: “O grande diferencial da Youse, que temos desde 2016 até agora, é a experiência do cliente, as nossas aplicações, a nossa comunicação, o nosso produto é um produto digital que fala com esse cliente final. Então, a gente, no dia a dia, simplifica ao máximo o ‘segurês’, uma série de siglas e terminologias são explicadas de forma fácil, com muito auto serviço desde o início, na cotação até a utilização do sinistro, renovação e tudo mais”. 

‍O portfólio

Para Taiolor, depois que a Youse nasceu, em 2016, e veio trazendo como força a experiência do cliente conectado com muita tecnologia. Ele esclarece que a insurtech atende mais de 300 mil clientes espalhados entre os segmentos de Seguro Auto, Residência e Vida  e “tudo isso 100% conectado, 100% na palma da mão do cliente, seja pelos nossos apps, seja pelo nosso site”.

“O cliente no centro é a maior verdade e a maior entrega da Youse”

Taiolor explicou que  muitas ações foram adotadas para os clientes durante a pandemia: “De forma muito consciente, tendo o cliente no centro, que é a maior verdade e a maior entrega que a Youse trata. Nós fizemos ações de ajustes de preços, ajustes de parcelas, adequações em apólices, justamente para contribuir com o momento. A gente sabe que muitas pessoas perderam seus empregos, algumas perderam pessoas queridas, estavam em um momento fragilizado. Por isso, a Youse também adequou as finanças e trouxe opções para os clientes ajustarem as suas apólices a uma nova realidade. Nós, como empresa, temos a responsabilidade de nos adaptar a essa nova realidade e, principalmente, nós nos adaptamos em torno do cliente”.

O ciclo virtuoso

Elane discorre sobre o panorama das fintechs no dentro do mercado bancário e explica que elas conseguiram impactar o mercado tradicional bancário e isso se tornou um ciclo virtuoso no sentido de que as fintechs são apoiadas, aceleradas, mas também causam um grande impacto por ter uma outra visão focada no consumidor que o mercado tradicional talvez não tenha percebido de forma tão incisiva. 

A partir desse contexto, ela questiona como o Taiolor está enxergando isso no mercado segurador, já que também é um setor vinculado a um mercado mais tradicional e pergunta se ele acha que o mercado das insurtechs está capitaneando essa mudança de percepção com relação ao consumidor como centro do negócio.

Ele disse: “Quando a gente olha para o digital, independente do segmento, é porque aqui estamos falando especificamente, da vertical de seguros, mas quando a gente olha os demais investidores: corretoras, bancos digitais e tudo o mais, o cliente é baseado em um fator para fazer negócios: confiança”. 

“O caminho digital não tem volta”

O diretor de tecnologia da Youse discorre sobre a desconfiança inicial do cliente em torno do digital: “Se a confiança não está dentro de nenhum desses pilares, o cliente não vai (fazer negócio). E o digital, por cultura, por modelo, por uma Era que a gente vai atravessar, por muitas vezes, traz essa não confiança dos produtos digitais (...) Com a aceleração, com essa vertente que a própria pandemia fez com que os negócios mudassem e os clientes começassem a olhar o digital sob outra ótica do quanto ele acelera e deixa a experiência mais fluida. Garantindo que o produto é validado, registrado na Susep e tem todas as regulamentações, isso trouxe uma nova abertura e uma nova possibilidade. O que sempre falo é que o caminho digital não tem volta”.

Tendências do mercado

Quando Elane pede para Taiolor fazer o que chama de “exercício de futurologia” e apontar tendências do mercado, ele declara, sem titubear: “A primeira não é nem uma tendência, é uma obrigação para todas: plataforma de APIs. Tem que ser feito porque é onde a empresa tem a maior flexibilidade e maior chance de continuar crescendo e fazendo negócios com “N” empresas. Talvez o seu concorrente hoje, seja o seu parceiro amanhã. Em qualquer segmento, estar atento ao movimento de mercado é continuar vivo. E tecnologicamente falando, as APIs de fato é quem tem o poder de integração com segurança e garantia de que o negócio continue”

Blockchain

Ainda sobre as tendências, o CTO diz que é de suma importância  “ficar de olho nas iniciativas com Blockchain”.  Segundo ele: “são iniciativas que podem ajudar bastante na troca de informação, na estrutura de risco. Existem fora do Brasil consórcios, estruturas de Blockchain que são especializados em seguros”

Metaverso

A terceira tendência apontada por Taiolor diz respeito a todo o contexto do movimento do Metaverso. Ele explica: “Se a gente pensar que o metaverso é uma experiência que está trazendo o máximo da experiência virtual, da realidade aumentada, da inteligência artificial, seja a partir de um dispositivo físico (como um óculos), seja por uma composição de uma realidade aumentada numa experiência de 2D com 3D, no final isso vai tocar na pessoa, no indivíduo e que é um cliente”. 

“Quanto mais a gente entende as pessoas, mais a gente entende o cliente”

Para o painelista, o seguro tem muita oportunidade com o Metaverso. Ele finaliza: “Quanto mais a gente entende as pessoas, mais a gente entende o cliente, mais ainda a gente vai conseguir fazer um serviço customizado, personalizado e justo de preço. Vai demorar um pouco ainda, mas é algo que, no contexto de seguradora, vai ser um impacto porque o Metaverso é o comportamento, pode ser a direção, pode ser o carro, os indicadores de saúde da pessoa. Então, o Metaverso ainda é um universo a ser explorado”.

Sobre Taiolor: é um profissional de tecnologia, atuante na área há mais de 25 anos, sempre ligado ao desenvolvimento de sistema, arquitetura e engenharia de software e, em consequência disso, à liderança de times de tecnologia. Já foi empreendedor, trabalhou no comércio varejista e teve uma grande passagem no setor bancário passando, daí, a ter mais contato com produtos financeiros e produtos ligados ao segmento segurador. Depois de 10 anos trabalhando com isso, mergulhou no desafio de trabalhar para a Youse.

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