Aumento do IOF em compras no exterior impacta custos para seguradoras e segurados em viagens internacionais

umento do custo cambial impacta seguradoras e consumidores finais
O aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para compras de moeda estrangeira, que passou de 1,1% para 3,5%, causa impactos que afetam diretamente o mercado de seguro viagem, especialmente no segmento de seguro viagem internacional. Essa elevação do custo cambial traz implicações importantes tanto para as seguradoras quanto para os consumidores finais que buscam proteção fora do país.
Elevação do IOF encarece operações de câmbio e pressiona o valor das apólices
Considerando esse momento em que o volume de viagens internacionais têm apresentado recuperação consistente após os impactos da pandemia, as apólices de seguro viagem ganharam destaque como um serviço indispensável para garantir assistência em eventuais imprevistos durante viagens ao exterior. Entretanto, o aumento do IOF sobre a compra de moeda estrangeira eleva o custo das operações financeiras atreladas ao pagamento dessas apólices, influenciando a composição do preço final dessas coberturas.
Seguradoras podem enfrentar pressões para ajustar os valores das apólices
Para as seguradoras, essa mudança pode exigir uma revisão nas estratégias de precificação. O aumento do IOF implica maior custo embutido nas transações cambiais, seja para a compra de moeda necessária para atendimento ao segurado no exterior, seja nas operações de remessa internacional usadas para custear serviços médicos ou de assistência emergencial em viagens. Em consequência, as seguradoras podem enfrentar pressões para ajustar os valores das apólices, repassando parte desses custos ao consumidor.
Transparência na comunicação e ajuda para escolher coberturas adequadas
É preciso que as seguradoras sejam transparentes ao comunicar os impactos do aumento do IOF aos corretores e segurados. A clareza sobre as razões do reajuste dos valores das apólices ou eventuais alterações no escopo das coberturas fortalece o relacionamento e a confiança no setor, mitigando riscos de insatisfação e problemas de compliance. Em termos práticos, corretores e profissionais de seguros devem estar capacitados para orientar seus clientes sobre as implicações dessa tributação, auxiliando na escolha de coberturas adequadas que contemplem o equilíbrio entre proteção e custo. É necessário também informar sobre alternativas de pagamento que possam minimizar os custos cambiais.
O mercado de seguros pode explorar coberturas que reduzam a exposição direta às operações em moeda estrangeira
Do ponto de vista estratégico, o setor pode enxergar na alta do IOF uma oportunidade para diversificar produtos e explorar coberturas complementares que reduzam a exposição direta às operações em moeda estrangeira. Por exemplo, impulsionar seguros que cobrem gastos médicos emergenciais com pagamento em reais ou opções de reembolso condicionadas a sistemas de rede credenciada nacional podem ser um.
Risco de desaceleração e resposta exigida do mercado
Dados de mercado indicam que o seguro viagem vem registrando crescimento, impulsionado pela retomada das viagens internacionais e pelo aumento da percepção da importância da proteção durante deslocamentos ao exterior. Entretanto, o aumento do IOF pode frear esse ritmo, caso os custos adicionais não sejam adequadamente gerenciados por seguradoras e corretores.
Cabe destacar que, para os clientes corporativos – empresas que operam com seguros coletivos ou oferecem benefícios para colaboradores em viagens internacionais – o efeito do aumento do IOF pode ser ainda mais incisivo, dada a maior escala e volume de operações cambiais envolvidas. A gestão proativa dessas mudanças tributárias torna-se, portanto, uma necessidade imperativa do mercado de seguro viagem.