om a explosão da transformação digital, a IA (inteligência artificial) também já está imersa no cotidiano de grande parte da população: assistentes virtuais, chatbots e até drones baseados em IA são alguns exemplos. A tendência é que a tecnologia esteja ainda mais presente na vida de todos nos próximos anos.
Previsão de crescimento bilionário
O tamanho do mercado global de IA está projetado pela MarketsandMarkets para crescer de US$58,3 bilhões em 2021 para US$309,6 bilhões em 2026.
Adequação às mudanças
Nos restaurantes, nos shows, no trabalho, no passeio com o cachorro e até nas praias é fácil perceber que a imensa maioria das pessoas está com o celular nas mãos. Seja para interagir, para se informar ou para se entreter, a virtualidade está mergulhada em quase todos os afazeres dos indivíduos ao redor do mundo. E é justamente por conta da crescente dependência da tecnologia que as seguradoras precisam repensar como avaliam o risco e como devem se comportar para se adaptarem às mudanças nas expectativas dos clientes e introduzem novos produtos.
A organização dos dados de modo eficaz é um desafio
Para a maioria das seguradoras, o mundo da IA já começou a ser descoberto. No entanto, mesmo com a inserção das tecnologias de IA nas rotinas das seguradoras, a organização dos dados de modo fluido e eficaz ainda é um desafio. Isso porque muitos dos dados agora disponíveis online e documentados em coleções valiosas, como sinistros e arquivos de clientes, registros médicos e wearables de consumidores não são simples de organizar de um modo que seja fluido e eficaz para a usabilidade das seguradoras.
É preciso mais que o algoritmo certo
Rastrear dados, rotulá-los corretamente, treinar sistemas de forma eficaz, interpretar os resultados com precisão e aplicar a tecnologia de maneira produtiva requer amplos recursos e experiência. Para perceber o valor total dos dados como um ativo, é preciso mais do que o algoritmo certo. É necessário compreensão contextual e intervenção humana.
A tecnologia em si não é suficiente
Em um setor repleto de insights de clientes há muito utilizados para avaliar riscos, é natural incorporar tecnologias de IA, como aprendizado de máquina, processamento de linguagem natural e aprendizado profundo para melhorar a precisão das previsões . Mas a tecnologia em si não é suficiente. Um algoritmo pode lidar com cálculos maciços e tarefas repetidas e perpétuas a uma velocidade sem precedentes, mas falha em compreender o contexto maior por meio de raciocínio e julgamento da maneira que um humano o faz.
Se mover em direção à IA experiencial
Mesmo que a maioria das seguradoras ainda esteja enfrentando obstáculos de dados de clientes em silos entre departamentos, levando a erros improdutivos e dispendiosos, o setor deve estar se movendo em direção à IA experiencial.
Benefícios como: avaliar riscos mais rapidamente, automatizar fluxos de trabalho, atribuir tarefas humanas e aprimorar a experiência do cliente podem ser alcançados com a IA experiencial centrada no ser humano. Além disso, o alcance desses benefícios pode atingir todos os departamentos isolados, desde a detecção de fraudes no processamento de sinistros até a subscrição, distribuição, preços, segurança cibernética e atendimento ao cliente.
Mercado de seguros de IA irá crescer
A MarketWatch prevê que o mercado de seguros de IA crescerá de forma constante entre 2021 e 2027, portanto, é apenas uma questão de tempo até que os clientes esperem esse tipo de serviço.
É preciso minimizar armadilhas
A IA em seguros afetará milhões em todo o mundo, por isso é fundamental que as seguradoras minimizem armadilhas prejudiciais, como violações de dados, ataques de ransomware e preconceitos.
De que maneira?
Trabalhando continuamente para implementar algoritmos de forma responsável. Isso significa verificar vieses, garantir feedback entre os usuários e a máquina e evitar saídas não interpretáveis, conhecidas na IA como caixa preta, por meio da transparência dos dados para que as seguradoras entendam por que as máquinas tomam as decisões que tomam.
A IA é um instrumento, não um fim em si mesma
É importante lembrar que a IA (assim como todas as outras demais tecnologias) serve a algum propósito que a utiliza como instrumento para que ele seja alcançado de forma mais rápida, eficaz e satisfatória. Por trás do objetivo a ser alcançado, precisa existir mãos humanas para guiá-lo.
É como imaginar o melhor carro da fórmula 1 (maior categoria do automobilismo mundial) pilotado por um amador recém habilitado: é um despropósito. No entanto, dentro deste exemplo, o objetivo é muito mais fácil de ser alcançado se for pelas mãos de profissionais do gabarito de Ayrton Senna (famoso piloto que foi considerado o melhor de todos os tempos pelos próprios pilotos de F-1). Portanto, a melhor tecnologia de IA sem ser bem utilizada é desperdiçar o propósito em si mesmo.
Assim, não basta se instrumentalizar das tecnologias certas sem ter o talento humano para guiá-las no seu propósito.