tecnologia está mudando a relação do consumidor com o automóvel. Os carros evoluíram para o smartcar, que não apenas é utilizado como meio de transporte, como também assume outras funções. A bordo de um smartcar, um carro conectado, é possível agendar compromissos, ouvir audiolivros, pedir comida, reservar restaurantes, entre outras coisas. Para Quézide Cunha, CEO da Loovi, empresa que oferece seguros para automóveis a preços menores usando uma avançada tecnologia que rastreia e obtém inúmeras informações sobre o veículo, carros conectados são uma tendência. 

“O mundo avança a passos largos rumo à digitalização. Nesse sentido, carros conectados são uma tendência. Precisamos ter em vista que não basta replicar no Brasil o que está acontecendo nos Estados Unidos e na Europa. Na Loovi, acreditamos que, para mostrar o valor do smartcar, temos que levar funcionalidades básicas, como acompanhamento de rota e análise da saúde do veículo, funções que realmente entregam valor ao usuário final. Isso irá otimizar o risco das coberturas do seguro, influenciando positivamente a precificação na ponta”, diz Quézide.

Embora a tecnologia ajude, facilite e traga comodidade, é preciso ter em mente que ela é falível. “É necessário estar muito atento à plataforma à qual você está conectado. Temos muita atenção aos dados. Eu diria que a maior preocupação deve ser com a segurança desses dados, pois são principalmente os dados de comportamento do mercado B2C (Business to Consumer) o ‘novo petróleo’, eles devem ser coletados e armazenados com o máximo de segurança”, alerta.

Para ele, não há necessidade de novas coberturas no seguro auto. Apenas remodelar as já existentes para a realidade do carro conectado, o que passa pela otimização do custo e por entregas de novos serviços, como uma assistência 24 horas adequada e que também auxilie o usuário na prevenção de situações emergenciais, informando o motorista quando é hora de fazer alguma manutenção, a fim de evitar situações que oneram o custo do seguro. 

Existem modelos de smartcar que vêm com uma seguradora parceira na sua central de multimídia, o que facilita questões operacionais de quem está prestando o serviço. Mas, segundo Quézide, existem muitas barreiras ao observar montadoras que iniciaram esse trabalho, tanto em relação a valores, quanto a entrega e experiência. "É importante que as montadoras tragam isso de forma embarcada, mas ainda é necessário muito amadurecimento para que seja algo que de fato agregue para a difusão do projeto smartcar”, enfatiza.

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