Susep divulgou, no dia 13 deste mês, o seu Relatório Síntese Mensal, com dados do setor de seguros referentes ao mês de maio de 2023. A arrecadação do setor, no acumulado até maio de 2023, foi de R$148,86 bilhões, o que representa alta de 7,9% em relação ao mesmo período de 2022. 

O grande destaque do relatório ficou por conta da arrecadação de prêmios no seguro auto, que foi de R$22,17 bilhões até o quinto mês deste ano. O valor foi de 20,1% superior ao do mesmo período de 2022, quando foram arrecadados R$18,46 bilhões.

Projeção é de um ano muito próspero para o setor

De acordo com a análise do especialista Moises Ferreira, as projeções são de um ano glorioso para o setor por conta dos resultados do seguro automóvel. Segundo ele, a expectativa é de um faturamento recorde de 60 bilhões neste ano.

Menor sinistralidade dos últimos seis anos

A sinistralidade de 60% foi a menor dos últimos 6 anos, excluindo os anos de pandemia , nos quais a necessidade de isolamento social diminuiu a circulação e, por isso, houve uma menor exposição ao risco. Ainda segundo a análise do experiente executivo: “o mercado de seguros atuou de maneira exemplar, não apenas com aumentos de preços, mas também na correção de rota, reduzindo a sinistralidade do período de 74% para 60%, 14 pontos percentuais menor, uma excelente redução com impacto direto nos resultados”, escreveu ele.

Destaque para Tokio Marine e Liberty Seguros Brasil

A análise dos dados da Susep feita pelo executivo, concluiu que das cinco seguradoras líderes que detém 66% do faturamento, quatro conseguiram uma sinistralidade abaixo de 60% no acumulado de 2023. No entanto, o destaque maior nesse quesito ficou por conta da Tokio Marine Seguradora e da Liberty Seguros Brasil , que conseguiram ficar abaixo dos 55% de sinistralidade.

Demanda por seguro auto também cresce 

Além da excelente arrecadação de prêmios no seguro auto, outra boa notícia para o setor é que a demanda por seguro auto se recuperou em maio e cresceu 25%. 

Segundo dados divulgados pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), houve um incremento de 9,65% nas vendas de automóveis e veículos comerciais leves em maio em relação a abril. Essa tendência impulsionou o crescimento do mercado brasileiro de seguros automotivos, retomando o ritmo positivo observado nos primeiros meses deste ano.  Já o Índice Neurotech de Demanda por Seguros (INDS) – responsável por acompanhar mensalmente o desempenho e o volume de consultas realizadas na plataforma da Neurotech – apontou que, após experimentar uma queda no mês de abril, o setor de seguros apresentou um aumento de 24,78% em maio.

Tecnologias revolucionárias de segurança veicular ajudarão a reduzir sinistros 

Tendências apontam que entre os anos de 2024 e 2030, espera-se uma notável evolução na segurança dos veículos fabricados globalmente. Essa perspectiva é resultado de programas destinados a incluir um maior número de recursos de segurança de fábrica em automóveis leves e pesados, visando tornar a condução ainda mais segura. O objetivo último é reduzir significativamente o número de fatalidades, lesões e acidentes de trânsito. No Brasil, uma parcela significativa das iniciativas voltadas para o aumento da segurança está contemplada no Programa Rota 2030. De acordo com o cronograma estabelecido, espera-se que os veículos estejam equipados com dispositivos de fábrica para proteção contra colisões laterais até 2024. Além disso, outros cinco acessórios obrigatórios serão disponibilizados até o próximo ano, conforme as resoluções do Conselho Nacional de Trânsito. Esses acessórios incluem:

• Alerta de não afivelamento do cinto; 
• Indicador de direção lateral;  
• Luzes diurnas de rodagem;
• Sistema de sinalização de frenagem de emergência;
• Sistema de controle de estabilidade.

Ações combinadas podem incentivar montadoras a investir mais na segurança dos veículos

No total, o Rota 2030 prevê a implementação de 18 medidas nos próximos sete anos e meio, visando ampliar a segurança dos veículos. Alejandro Furas, secretário-geral do Latin NCAP – entidade que possui um programa de avaliação de carros novos para América Latina e o Caribe (Latin NCAP) e oferece aos consumidores informação independente e transparente sobre os níveis de segurança que têm os diferentes modelos de veículos no mercado – destaca a importância de uma regulamentação que torne os testes de colisão obrigatórios tanto para veículos leves quanto para pesados no país. Essa medida seria fundamental para classificar os veículos em termos de segurança e avaliar a qualidade de seus recursos. Para ele, a divulgação ampla dos resultados desses testes aos consumidores e a possibilidade de as seguradoras oferecerem preços diferenciados para coberturas seguras seriam indicadores valiosos para os compradores, seguindo o exemplo do mercado europeu. Essas ações combinadas podem incentivar as montadoras locais a acelerarem seus investimentos na oferta de veículos mais seguros.

Perspectiva promissora para o Seguro Auto

O relatório da Susep revelou não apenas uma excelente arrecadação de prêmios no setor, mas também uma redução significativa da sinistralidade nos últimos seis anos. Esse panorama favorável é reforçado pelo crescimento contínuo da demanda por seguro auto e impulsionado por tecnologias revolucionárias de segurança veicular. 

Assim, com a combinação entre avanços tecnológicos inovadores e desempenho financeiro robusto, o setor de Seguro Auto está posicionado para uma ascensão contínua. Além disso, as perspectivas positivas apontadas pelo relatório, juntamente com as evidências concretas de um setor em expansão, ressaltam a importância de acompanhar de perto as inovações tecnológicas e as estratégias adotadas por seguradoras como a Tokio Marine e a Liberty Seguros, para oferecer proteção e segurança cada vez melhores aos proprietários de veículos e continuar alavancando cada dia mais os resultados do ramo de Seguro Auto no setor de seguros.