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Seguros "embutidos" podem alcançar US$ 700 bilhões no mundo

Seguros "embutidos" podem alcançar US$ 700 bilhões no mundo
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e acordo com matéria publicada no Valor Econômico, a venda de seguros incorporados em bens e serviços no momento da compra se tornou uma modalidade de cobertura que abriu um mercado significativo por meio de parcerias, de acordo com especialistas no setor. Durante o evento InsurTechConnect (ITC) em Las Vegas, Adam Blumencranz, sócio da Distributed Ventures, uma empresa de capital de risco, afirmou que o mercado global de seguros "embedded" poderia atingir até US$ 700 bilhões. Isso se deve, em grande parte, ao surgimento das APIs, que possibilitam a conexão de sistemas e plataformas, facilitando a distribuição de seguros por meio de parcerias.

A eBaoTech, uma empresa especializada em suporte tecnológico em todo o mundo, já realiza milhões de operações de seguros "embedded" diariamente, referindo-se a essa modalidade como "seguros conectados". O CEO da empresa, Woody Mo, destacou que quase todos os setores podem incorporar seguros, incluindo vendas de carros, cartões de crédito, pagamentos e viagens, oferecendo oportunidades significativas de crescimento para a indústria de seguros.

Roberto Tinoco Pinto, presidente de soluções digitais para clientes da Aon, comparou a modalidade "embedded" à antiga prática de seguros em grupo para empresas, afirmando que a construção de parcerias é fundamental para seu sucesso. Ele enfatizou a importância dos dados e da inteligência artificial, que estão impulsionando o crescimento na indústria de seguros, tornando a proteção do consumidor mais eficiente e acessível.

Camila Serna, vice-presidente sênior e chefe de aceleração digital da Chubb, enfatizou os benefícios das parcerias com outros setores, chamando-as de "jogo de ganha-ganha". Ela citou a parceria de sucesso da Chubb com o Nubank no Brasil como exemplo, destacando a simplicidade e facilidade de contratação como fatores-chave para seu rápido crescimento.

Stefan Knoll, fundador e CEO da Deutsche Familienversicherung, ressaltou a importância de manter os produtos de seguros simples e fáceis de entender para impulsionar a digitalização. Ele enfatizou que a digitalização deve começar com o foco nos produtos, atendendo às demandas dos clientes.

Woody Mo, da eBaoTech, concluiu que a confiança e o conforto do consumidor desempenham um papel crucial na compra de seguros, destacando que a abordagem deve ser adaptada ao contexto do cliente, seja por meio de atendimento físico ou digital, para garantir uma experiência positiva.

Postado em
3/11/2023
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