Como a Justos organizou um modelo digital pensado para a atuação do corretor

A Justos começou a operar em um espaço regulatório pensado para testar o novo. O sandbox da Susep permitiu à companhia experimentar estruturas, processos e modelos de precificação fora dos padrões tradicionais do mercado segurador. Mas, desde o início, a proposta não se limitava a explorar recursos digitais: o objetivo era estruturar um seguro que combinasse eficiência operacional, leitura mais precisa de risco e confiança institucional. Nesta entrevista à Insurtalks, o presidente da Justos, Alan Leal, revisita esse percurso e explica como a experiência no sandbox influenciou decisões que balizaram a seguradora desde a origem. Ele detalha ainda os pilares que sustentaram a evolução do produto ao longo do tempo, incluindo capitalização, governança, atendimento ao corretor e qualidade na experiência do cliente. Ao abordar a transição para o modelo definitivo de seguradora S3, Leal analisa o peso institucional dessa autorização e como ela consolida um modelo que já vinha sendo testado na prática. A conversa também discute a relação entre inovação e conformidade regulatória, mostrando como a companhia organizou seus sistemas para operar com agilidade sem abrir mão da segurança jurídica, um ponto central para que o corretor possa ofertar o seguro com previsibilidade, clareza contratual e respaldo regulatório. Confira abaixo os detalhes da conversa:
Insurtalks: A Justos nasceu dentro do sandbox regulatório da Susep, em um ambiente que permitia testar modelos ainda fora do padrão do mercado tradicional. Que tipo de liberdade esse contexto ofereceu para experimentar um seguro totalmente digital desde a origem?
Alan Leal: O Sandbox foi o nosso laboratório de eficiência. Ele nos deu a liberdade de construir uma infraestrutura "do zero", sem os legados tecnológicos que travam as grandes seguradoras. Mas o foco nunca foi a tecnologia pela tecnologia; foi usar essa liberdade para criar um produto que faz sentido para o cliente e facilita a vida do corretor.
Pudemos testar e validar um modelo onde a precificação é mais justa, baseada em como a pessoa dirige, e onde a jornada é 100% fluida. Para o mercado, isso significa que nascemos com um DNA de agilidade: conseguimos fazer cotações, vistorias e regulação de sinistro em uma fração do tempo do mercado tradicional.
Insurtalks: Ao longo dessa trajetória, o produto evoluiu de uma proposta experimental para uma operação reconhecida nacionalmente, inclusive com o destaque no ranking 100 Startups to Watch. Que características do seguro vocês desenvolveram e foram determinantes para sustentar essa maturação?
Alan Leal: A nossa maturação foi sustentada pela decisão estratégica de aliar inovação tecnológica com robustez financeira. Percebemos que, para ganhar a confiança do mercado, precisávamos provar solidez em quatro frentes principais.
Primeiro, a segurança institucional. A saída do Sandbox para o modelo S3 nos colocou sob a regulação definitiva da Susep, além de estruturamos a operação com suporte de grandes resseguradoras globais.
Tão vital quanto essa estrutura financeira é a humanização do atendimento. Entendemos que tecnologia serve para eficiência, mas seguro é feito de relacionamentos. Por isso, temos um time comercial dedicado exclusivamente aos corretores e uma equipe de Experiência do Cliente focada em acolhimento.
Essa combinação gerou o que eu chamo de força de mercado, a nossa terceira característica vital. Hoje, já ultrapassamos a marca de 10 mil corretores cadastrados. São profissionais que confiam a nós o patrimônio dos seus clientes porque sabem que entregamos.
E, por fim, a excelência na ponta, comprovada pelo nosso selo RA1000 no Reclame Aqui. Isso fecha o ciclo: temos o capital para garantir a operação e o crescimento, o corretor para distribuir e o serviço de ponta para reter o cliente, mesmo nos momentos mais delicados.
Insurtalks: A autorização definitiva para operar como seguradora S3 foi uma mudança importantíssima em relação ao período regulatório inicial. O que essa licença acrescenta, do ponto de vista institucional, a um modelo que já vinha sendo testado e validado no dia a dia da operação de vocês?
Alan Leal: A licença S3 é um marco de solidez institucional. Ela elimina a barreira do "será que essa empresa vai durar?". Ao nos tornarmos uma seguradora S3, cumprimos rigorosos requisitos de capital, governança e solvência exigidos pela Susep, nos colocando no mesmo patamar de segurança jurídica das seguradoras já existentes no mercado.
Para o nosso parceiro de negócios, isso é a garantia de que a Justos não é uma aventura; é uma instituição financeira capitalizada e fiscalizada. O modelo já era validado na prática; agora ele é blindado regulatoriamente. Isso oferece ao corretor a segurança necessária para ofertar os nossos produtos para seus clientes.
Insurtalks: Ao combinar tecnologia, uso de dados e operação digital com a estrutura regulatória de uma seguradora S3, como a Justos organiza hoje a relação entre inovação e segurança jurídica na oferta do seguro?
Alan Leal: Nós enxergamos a conformidade como a base da inovação. Na Justos, a tecnologia trabalha a favor da segurança jurídica. Nossos sistemas garantem rastreabilidade total, proteção de dados e compliance em tempo real, algo difícil de fazer em sistemas analógicos. Hoje, oferecemos o melhor dos dois mundos: a agilidade de uma tech com a estrutura de governança de uma S3. Isso significa clareza nas condições gerais, respeito absoluto às normas da Susep e transparência na regulação de sinistros. O corretor sabe que está oferecendo um produto moderno, mas que segue estritamente as regras do jogo, sem "letras miúdas" ou surpresas desagradáveis.
Insurtalks: Considerando o caminho que vai do sandbox à atuação plena como seguradora licenciada, como essa experiência ajuda a explicar por que o modelo atual da Justos reúne condições para ser escalado de forma consistente pelo canal de vendas?
Alan Leal: Nós passamos os últimos anos aprimorando nosso motor de precificação e nossa esteira operacional para este exato momento. Não estamos aprendendo a operar agora; nós já sabemos operar com eficiência.
O modelo atual é escalável porque resolve as dores reais, tanto na hora que entregamos um serviço, com eficiência comprovada pelo selo RA1000, quanto no canal de vendas: preço competitivo, aceitação ágil, baixa fricção operacional e suporte integrado ao corretor. Com a licença S3, removemos a última objeção que poderia haver sobre solidez regulatória. Estamos prontos para escalar ao lado dos corretores, oferecendo a eles uma ferramenta poderosa para rentabilizar suas carteiras e atrair os mais variados perfis de clientes. Afinal, a nossa tecnologia é apenas o meio para entregar o que todo segurado deseja, independente da idade ou familiaridade com o digital: qualidade, preço justo, agilidade e proteção real. A Justos está de portas abertas para construir o futuro do seguro para todos, e o corretor é parte fundamental desse processo.









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