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os últimos anos, o mercado segurador vem passando por um processo de revolução digital, com o surgimento de startups especializadas na área e de inovação nas companhias consolidadas. No caso do primeiro, as insurtechs vem possibilitando a diminuição da burocracia na contratação e gestão de serviços. Enquanto as empresas existentes inovam por meio da criação dos próprios hubs de inovação ou de parcerias com o ecossistema. Independentemente da forma preferida por cada empresa nesse processo, uma verdade é inquestionável: as insurtechs vieram para ficar.

Segundo o relatório “Insurtech Global Outlook 2022”, apresentado pela multinacional de telecomunicações NTT DATA, o investimento global em insurtechs atingiu a marca de US$ 10,1 bilhões no ano passado, valor que representa aumento de 38% em relação a 2020. Assim, observamos uma tendência de consolidação desse mercado, com excelentes perspectivas na continuidade de investimentos mundiais nesse segmento. Porém, como está a situação no Brasil?

Dados do recente estudo “Latam Insurtech Journey”, realizado pela consultoria Digital Insurance Latam e publicado em 2021, demonstram que existem atualmente cerca de 350 insurtechs na América Latina. E o mercado brasileiro de startups atuante nesse segmento é líder na América Latina, com aproximadamente 130 empresas, que representam 32% do mercado e 57% do investimento total do setor na região. E com o ecossistema crescendo 22% ao ano, a tendência é de que esse mercado se expanda e alcance cerca de mil insurtechs até 2025.

Essa transformação que vem ocorrendo no mercado segurador é resultado, principalmente, do acelerado processo de digitalização que o setor financeiro vem experimentando nos últimos anos para atender um consumidor que também está mudando e se tornando ainda mais digital, conectado e exigente. O Alfa possui atualmente um ecossistema de startups que tem o objetivo central de reunir empresas capazes de apoiar o Conglomerado, em todas as suas linhas de atuação, nos desafios da transformação digital. Na área de seguros, por exemplo, o Alfa tem parceria com a insurtech 88i, que auxilia no desenvolvimento de inteligência artificial para melhoria no atendimento de apólices relacionadas aos produtos de ramos elementares, como residencial, empresarial e celulares.

Apesar das colaborações significativas que as insurtechs vêm trazendo ao mercado segurador, existe outro agente que segue exercendo papel muito importante no segmento, principalmente na tradução às companhias de quais são as reais necessidades desse novo consumidor, que é o corretor. Por isso, ao mesmo tempo em que busca o apoio das startups para agilizar seu processo de inovação, o Alfa também está fortalecendo sua parceria com os corretores.

A linha de apólices sem franquia, por exemplo, é uma das inovações que surgiram a partir de insights dos próprios corretores. A opção de fechar a contratação de seguro de vida para convenções coletivas e sindicatos com apenas três cliques é outro exemplo de apontamentos trazidos pelos corretores que o Alfa inovou para simplificar o processo, além da integração dos sistemas por meio de API’s (Application Programming Interface), que simplificam a operação em todos os negócios desenvolvidos por afinidades.

Esse tripé de atuação que o mercado segurador vem usando de forma muito bem-sucedida hoje, formada por companhias, corretores e insurtech, permite que o ramo de seguros mantenha seu ritmo de crescimento e capacidade de inovação.

Esta matéria foi publicada na Revista Insurtalks.

Postado em
17/6/2022
 na categoria
Inovação

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