Gerente da Insurtech Charles Taylor fala sobre tecnologia e inovação em entrevista exclusiva
urante o primeiro dia do evento CQCS Insurtech & Innovation,dia 25 de outubro deste ano, Mariana Arrieta, Gerente de Marketing da Charles Taylor para a região da América Latina e María Victoria Andrade, business representative da mesma Insurtech, concederam uma entrevista exclusiva à Insurtalks e falaram sobre o metaverso, as parcerias, foco no combate à fraude e os objetivos da Companhia para o futuro,
Insurtalks: Vocês são especialistas em soluções de problemas com visão de futuro, mas com décadas de know-how em seguros. Alinhando essa experiência com o olhar inovador para o futuro, vocês anunciaram a criação de dois novos espaços de trabalho dentro do metaverso. Na visão de vocês, quais serão os desafios enfrentados para a inserção do Metaverso na cultura da indústria seguradora e quais os benefícios dessa inserção para os clientes finais?
Mariana Arrieta: “Acho que a inserção no metaverso tem a ver com nossa vontade de começar a trabalhar com as pessoas que estão no metaverso. Acho que todas as empresas de tecnologia passaram a fazer inovações e com todas as informações que a gente começou a ter de Metaverso, de realidade virtual, de Inteligência Artificial e tudo o que estamos vendo. Acho que a gente viu que tínhamos uma oportunidade de começarmos a estar também na Web3, como também é chamado o metaverso. A Web2 é a que a gente conhece que é como, por exemplo, a típica página da internet que você pode comprar, fazer transações no e-commerce e tudo mais. Mas a Web3 tem um terceiro componente que seria a parte de criptomoeda e tudo relacionado com o finance”.
Ainda dentro do tema do metaverso, Mariana explica que essa é uma tendência para o futuro.
Mariana Arrieta: “Temos um público no mundo da tecnologia que está relacionado com as novas gerações e essa geração de meninos e meninas de 20 anos começaram a fazer parte da força de trabalho de todo o país e todo um mercado. Então, essas pessoas estão no metaverso. Tem alguns postos estratégicos que, após a pandemia, começaram a ser disputados por líderes. Então, como agora temos novos departamentos em diferentes Companhias como, por exemplo, o departamento de inovações, novos negócios que têm relacionamento com tecnologia e todo o tema de criptomoeda. Então, aconteceu que pensamos que, se somos um líder em tecnologia, temos que ficar no metaverso. É muito importante (estar no metaverso) porque tem muita gente que vai começar a trabalhar conosco. Então a estratégia que pensamos na área de Marketing foi apontar um pouco também para essas pessoas. Porque as empresas precisam, depois da pandemia, ter inovações na tecnologia que a gente vende. A gente já sabe como chegar ao público estratégico. O nicho que trabalhamos já faz 30 anos e seguros é uma das coisas que a gente já está confortável, já sabemos como é. E metaverso é uma das tendências (para seguro), por isso estamos inseridos nesse mundo e temos que estar porque essa foi nossa decisão estratégica. O objetivo é que, quando as pessoas procurarem nossas soluções para o mercado de seguros, também saibam que nós oferecemos todas as outras tecnologias. Esse é um dos nossos objetivos”.
Insurtalks: As solicitações fraudulentas geram perdas bilionárias para a indústria global de seguros. Vocês fizeram, em fevereiro deste ano, uma aliança com a empresa argentina Fraud Keeper (FK), que é especializada na detecção automatizada de fraude. Pode falar sobre como estão os frutos desta parceria e como a Charles Taylor vislumbra os próximos movimentos estratégicos para o combate à fraude?
Mariana Arrieta: “Em fevereiro de 2022, adquirimos 51% da Fraud Keeper, uma startup argentina. Ela é uma Companhia especializada na subscrição, detecção e combate à fraude. A parceria foi muito boa porque a Charles Taylor pegou todas as soluções que tínhamos, somar a capacidade da Fraud Keeper ao nosso sistema de soluções e começar a trabalhar com as empresas que já eram clientes nossos e com novos clientes. Eles tem foco 100% em fraude e tem também um sistema com base para combater fraude no data management e a Charles Taylor tem um departamento exclusivo para tudo relacionado a dados. Então, o que aconteceu foi que adquirimos mais força na capacidade de análise de dados e, com esses dados, temos um melhor resultado na solução, prevenção e detecção de fraude”
María Victoria Andrade: “O importante dessa solução é que incorporamos às outras soluções que já tínhamos e que cobre todo o ciclo de vida do seguro e que acompanha todos os integrantes do seguro e da seguradora, como intermediários, canais digitais, etc. A Fraud Kepper, especificamente, veio para somar em uma parte muito importante de Saas (Software as a Service). A implementação foi muito rápida, apenas 2 meses”.
Insurtalks: Vocês foram uma das primeiras insurtechs a entrar no metaverso?
Mariana Arrieta: “Acho que somos a primeira insurtech, a ingressar no metaverso na América Latina”. Arrieta explica que não tem certeza se a Charles Taylor é a primeira do mercado global a ingressar na Web3 porque há, ainda, uma regulamentação bem definida para as empresas no metaverso: “Não sabemos, com absoluta certeza, em relação ao mercado global porque o metaverso ainda é muito irregular em relação aos nomes das empresas, ainda não tem muita formalidade de copyright, de direitos. Então, pode ser que se diga que é determinada insurtech e talvez não seja”.
Insurtalks: A Fraud Keeper veio complementar os movimentos estratégicos que vocês estavam fazendo há um tempo?
María Victoria Andrade: “A FK era a parte do negócio que nos faltava cobrir com nossa tecnologia, com as soluções que já tínhamos”. Victoria explica que a Charles Taylor foi atrás dessa insurtech por ela ser muito eficiente e já ter provado sua tecnologia em detecção de fraudes”.
Mariana Arrieta: “Outra estratégia que temos, desde abril, quando lançamos o InHub, é que não somente se venda todos os sistemas de soluções que temos, mas também que, no caminho de sermos melhores e de ser a primeira opção na cabeça dos clientes, é conseguir parceiros que possam alimentar nosso ecossistema de soluções sem que sejam parte de nossa empresa, sem comprar. Nós entendemos que o objetivo é ver o cliente feliz e oferecer as melhores soluções de mercado. Se temos que fazer uma parceria com alguém que tem algo diferente dos outros e podemos funcionar para dar o melhor: essa é agora a estratégia. Como a pandemia deixou todo mundo com a cabeça diferente de que: temos que dar as soluções.”
Insurtalks: A principal ferramenta de vocês é a InHub, que oferece uma variedade de recursos SaaS(Software as a Service) projetados para resolver problemas específicos enfrentados pelos participantes da cadeia de valor do seguro. Poderia falar sobre quais são as soluções oferecidas pelo InHub?
María Victoria Andrade: “O InHub foi lançado em abril deste ano. A ideia é que todos os participantes da indústria de seguros possam encontrar em um mesmo lugar as soluções que necessitam para o seu negócio. É uma plataforma na nuvem, SaaS e ali é possível encontrar todas as soluções que a Charles Taylor vem trabalhando para oferecer ao mercado segurador. O usuário pode encontrar também outras capacidades, inclusive a competência de trazer as parceiros para fazer parte desse mesmo marketplace de soluções. A ideia é que os clientes possam acessar toda a tecnologia porque, às vezes, investir em uma digitalização em uma Companhia é um custo econômico alto . Então, nós oferecemos esse serviço de fazer a migração de todo o sistema da Companhia para a nuvem e integrá-los para oferecer todas as soluções digitais possíveis e escaláveis”.
Sobre a Charles Taylor: insurtech britânica que fornece soluções tecnológicas para o mercado global de seguros que possui mais de 3.100 especialistas em todo o mundo e está presente em 6 continentes.