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O setor de seguro tradicional e as insurtechs irão coexistir em colaboração

O setor de seguro tradicional e as insurtechs irão coexistir em colaboração
Q

uando o serviço de delivery de comida teve um crescimento avassalador durante a pandemia, muitos acharam que os restaurantes físicos iriam “sair de moda”, assim como o aumento do e-commerce iria fazer com que as lojas físicas fechassem. O pensamento não poderia estar mais errado. 

Em pesquisa realizada pela Criteo, 72% dos 17 mil entrevistados afirmaram que procuram produtos em lojas físicas antes de fazer uma compra online. Os dados também apontaram que, à medida que os países de todo o mundo relaxavam as restrições da Covid-19, as compras em lojas físicas aumentaram 20% em 2021 comparado à 2020. Segundo o diretor-geral da Criteo para a América Latina, Tiago Cardoso, o e-commerce atingiu níveis de crescimento sem precedentes nos últimos anos, no entanto, “as lojas físicas ainda desempenham um papel vital na jornada do comprador”.

Esse mesmo pensamento vale para a relação entre as insurtechs e as seguradoras tradicionais.

Propósito em comum

O seguro tradicional e as insurtechs podem e continuarão a operar no mesmo espaço e entre si, até mesmo porque elas têm um propósito em comum: oferecer proteção para o maior número de riscos possíveis que possam acometer as pessoas. Ou seja, o que muda é a maneira de oferecer os serviços, mas a natureza da existência das duas é a mesma.

Contribuições próprias

Assim, insurtechs e seguradoras tradicionais estão interligadas pelo propósito comum, mas cada uma tem suas próprias contribuições para o cenário atual de seguros. O que não significa que elas estejam competindo, mas operando de maneiras diferentes.

Ecossistema em transformação constante

Na esteira das mudanças sociais cada vez mais aceleradas pela tecnologia, o ecossistema de seguros passa por transformações a todo momento. Essas transformações estimulam o surgimento de novos players e a necessidade de adequação dos antigos.

Tendências que impulsionam a transformação

São muitas as tendências de mercado de nível macro que influenciam as mudanças no ramo segurador: tecnologia, engajamento digital, inovação, clientes e canais de distribuição.

De que forma o engajamento digital estimula a expansão dos canais de distribuição?

Durante a pandemia, os bloqueios e o distanciamento social incentivaram a digitalização e os meios que as empresas utilizam para realizar a entrega de um produto ou serviço para os seus clientes, ou seja, seus canais de distribuição. E assim ocorreu também com a indústria de seguros. Ainda que numa velocidade mais lenta, se comparada às outras indústrias, houve transformações profundas nos canais de distribuição para acomodar as experiências digitais às expectativas dos segurados.

É necessário tempo e recursos para atualização

A atualização de processos internos e canais de distribuição nas seguradoras requerem uma grande movimentação dos recursos financeiros da Companhia e leva tempo para a completa adequação, ainda mais com as altas expectativas de engajamento do cliente. Por isso, muitas ainda estão neste processo. 

Insurtechs nasceram em berço digital

Diferentemente das Companhias seguradoras tradicionais, as as insurtechs já nasceram em berço digital, ou seja, foram criadas e desenvolvidas tendo o digital no DNA da sua existência. Por isso, estão exalando velocidade para o mercado e automação.

 A coexistência colaborativa

Muitas seguradoras já reconheceram que melhorar seus canais de distribuição é fundamental para o crescimento. Algumas fizeram isso sozinhas e outras, formaram parcerias com insurtechs que já estabeleceram um canal de distribuição digital eficaz e que já está incorporado a uma base de clientes digitais ativa.  Dessa mesma maneira, muitas insurtechs precisam dos sólidos conhecimentos do setor de seguro tradicional para subscrever, fornecer capacidade de seguro e alavancar o guarda-chuva de regulamentação fornecido por seguradoras estabelecidas há muito tempo. Assim, seguradoras e insurtechs não são inimigas nem competidoras entre si, a coexistência delas é colaborativa e importantíssima para o aquecimento do cenário de seguros.

Postado em
13/9/2022
 na categoria
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