Luciano Calheiros, vice-presidente comercial, marketing e experiência do cliente da AXA no Brasil, apresentou no Insummit 2025 as diretrizes da companhia para a próxima década. Com três décadas de experiência no setor e passagens por seguradoras globais e pela corretagem, ele destacou que sua chegada à AXA marca o início de um novo ciclo para a operação brasileira, após os dez anos iniciais de consolidação.

“Hoje a companhia tem um porte bastante importante no setor de seguros, com quase 2 bilhões em prêmios emitidos em 2024. Agora miramos os próximos 10 anos, com uma estratégia bem definida para posicionar a AXA como uma das maiores seguradoras do Brasil”.

Os três pilares estratégicos

A agenda da AXA no Brasil está ancorada em três pilares: massificação, inclusão e sustentabilidade. Segundo Calheiros, massificação significa ampliar a operação digital, simplificar processos e oferecer produtos aderentes aos corretores, principal canal de distribuição da seguradora. O executivo também destacou que produtos tradicionalmente complexos, como responsabilidade civil e D&O, estão sendo adaptados para pequenas e médias empresas.

O segundo pilar é o Essential, linha de seguros inclusivos que busca atingir consumidores com tíquetes mais acessíveis, mas sem perder valor agregado. “O seguro essencial deve ser de baixo custo, mas precisa entregar relevância. Nosso foco é menos a receita imediata e mais a quantidade de clientes que conseguimos incluir na base”, explicou.

Sustentabilidade e resiliência

O terceiro pilar, o AXA Verde, conecta sustentabilidade e seguros inclusivos. A companhia direciona investimentos para ativos sustentáveis e adapta produtos com componentes que priorizem clientes comprometidos com políticas ambientais. Segundo Calheiros, essa abordagem ajuda a mitigar riscos climáticos e a fortalecer a resiliência de cidades e comunidades, alinhando inclusão financeira e responsabilidade socioambiental.

Inclusão como métrica de crescimento

Calheiros ressaltou que, em dez anos de operação, a AXA no Brasil saltou de menos de 100 mil para quase 3 milhões de clientes — a maioria com seguros inclusivos. Para ele, esse crescimento demonstra o papel social do setor. Na visão do executivo, o indicador mais importante não é o volume financeiro, mas a capacidade de levar proteção a mais pessoas, negócios e comunidades.

Digitalização e parceria com corretores

A transformação digital é vista como fator-chave para escalar a operação. A AXA tem investido em plataformas de atendimento online, integração via APIs e simplificação de apólices. “O setor de seguros tem muito ‘segurês’. Trabalhamos para simplificar os contratos e termos jurídicos, tornando-os compreensíveis para o consumidor final”, afirmou.

O relacionamento com os corretores segue sendo central na estratégia. Calheiros frisou que a digitalização deve ser um aliado, não uma barreira. Para ele, a capacitação e a oferta de conteúdos digitais são formas de preparar os corretores para ampliar o alcance dos seguros inclusivos sem perder protagonismo no processo de venda.

Diversificação de canais

Além dos corretores, a AXA aposta em parcerias com varejistas, financeiras, cooperativas e fintechs para ampliar a capilaridade dos produtos inclusivos. “As cooperativas, por exemplo, cumprem um papel fundamental em regiões onde os grandes bancos não chegam. Já nas fintechs, conseguimos jornadas totalmente digitais, conectando crédito e proteção em uma mesma experiência”, destacou o executivo.

Mensagem ao mercado

Para corretores e parceiros, o recado do executivo é direto: “Busquem nas suas carteiras de clientes aqueles que possam escalar parcerias estruturadas. O seguro inclusivo ajuda indivíduos e empresas a se tornarem mais resilientes. Temos experiência para apoiar corretores e parceiros nessa implantação”.

O conteúdo integral pode ser acessado em insummit.segbox.com e, em breve, será publicado também no YouTube.